Temos que conhecer nossa história para avançar no processo democrático, evitando barbáries como o Golpe Militar iniciado em 1º de abril de 1964. Nesse dia, comandados por um oficial norteamericano, o general Vernon Walthers, orientados pelo embaixador dos EUA em nosso País Lincoln Gordon (documentos oficiais do governo dos Estados Unidos comprovam isso), militares “brasileiros” derrubaram um governo legítimo, o do presidente João Goulart. À partir de então, lançou sobre o Brasil e os brasileiros uma longa noite sombria de torturas, assassinatos, estupros e violência contra opositores civis e militares. Perseguiram, prenderam, cometeram toda a sorte de abusos possíveis, crimes contra a humanidade, forçando milhares de brasileiros a buscar o exílio em outros países. O período mais cruel e perverso de nossa História permanece ainda escondido nos porões da covardia dos torturadores. Escondem-se na lei da anistia, como se crimes contra a humanidade pudessem ser anistiados ou prescreverem. É necessário, a cada ano, lembrar e reviver aqueles momentos, trazê-los ao conhecimento de todos os brasileiros, para que DITADURA NUNCA MAIS.
Ampliar o processo democrático, que muitas vezes encobre farsas num mundo globalizado e dirigido pelo espetáculo, através do único protagonista real da História, o trabalhador. A participação popular deverá ser cada vez maior nas decisões que dizem respeito às nossas vidas, ao nosso dia a dia.
Lembramos hoje o golpe militar de 1964, uma página de covardia e barbárie em nossa História, em toda a América Latina e conclamamos a todos que reflitam sobre a importância de sepultarmos esse momento de perversidade com o conhecimento de tudo o que aconteceu. Que esse conhecimento se estenda às escolas para que as futuras gerações cresçam livres e se transformem em construtores da democracia popular. Repudiar o silêncio em torno dos documentos da ditadura e gritarmos com a força de nossas consciências, com o conhecimento da História e nossos corações livres que DITADURA NUNCA MAIS!
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Nota do Partido Comunista Brasileiro - Juiz de Fora-MG em repúdio ao golpe de 1964.
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Oleh
Kaizim
