Conforme notícias que saíram ao longo do dia e a confirmação do Chanceler Brasileiro, Celso Amorim, o presidente constitucional Manuel Zelaya encontra-se na capital hondurenha, Tegucigalpa, refugiado na Embaixada do Brasil.
Abre-se um novo capítulo da história do golpe, e abre-se por causa, fundamentalmente, da heróica Resistência Popular Hondurenha, que desde o dia do golpe protesta nas ruas pela restituição da ordem constitucional.
É necessário que a Resistência esteja atenta, pois os golpistas enfraquecidos pela ação popular e pelo rechaço internacional, podem estar pensando em uma “abertura” nos moldes da “lenta e gradual”, ou seja, acordada pelas esferas burguesas.
Como a Resistência vinha afirmando cotidianamente que não se tratava mais do simples retorno de Zelaya e sim, da implantação, nas eleições, da quarta urna e a necessidade de uma nova Constituição, torcemos que a formidável organização que o povo hondurenho alcançou em pouco tempo, não permita que os seus objetivos sejam esquecidos ou modificados.
De qualquer forma, por hoje, a presença de Zelaya no solo hondurenho já é uma vitória contra a direita fascista, golpista e imperialista que articulou o golpe.
Salve o povo hondurenho-latino-americano!
Adendo: notícia de Honduras, publicada no sítio da Telesur, agora a pouco:
O coordenador geral da Frente Nacional contra o golpe em Honduras, Juan Barahona, disse hoje que há pouca chance de que o governo de facto, de Roberto Micheletti, possa permanecer no poder por mais 24 horas, após a chegada de Manuel Zelaya em Tegucigalpa.
"É muito difícil para o regime golpista possa se manter por mais de 24 horas no poder e as Forças Armadas teriam que realizar um banho de sangue para evitar isto", disse Barahona, em uma entrevista para a rede Venezuelana de Televisão.
Barahona informou que milhares de pessoas estão se reunindo em frente da Embaixada do Brasil, em Tegucigalpa, esperando para ver e cumprimentar o presidente.
[...]
Ele considerou que a chegada do presidente legítimo de Honduras provocou uma reação popular "que nada pode parar (…) apenas um massacre, é muito difícil que o exército queira entrar aqui", referindo-se à concentração ao redor da embaixada brasileira. Ela declarou ainda que "o objetivo é levar Zelaya até a sede do Governo”.
FONTE: http://convencao2009.blogspot.com/2009/09/zelaya-esta-em-honduras.html
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