Contando com a participação de diversos participantes da vida política da Zona da Mata, os candidatos expuseram a motivação do PCB na campanha, bem como travaram diversos debates com a participação ativa do público presente. “Diferenciamos-nos das candidaturas de partidos como PSDB e PT por entendermos que uma prioridade da política é o debate de propostas concretas. Tais candidaturas, amparadas pela mídia, apostam na despolitização e fazem da campanha um jogo multimilionário cheio de promessas vazias”. Assim disse Antônio Almeida.
Alex Lombello completou: “Defendemos propostas que tragam o povo para a vida política do país para além dos 4 em 4 anos que são chamados para o voto. Se o povo puder revogar mandatos dos políticos e decidir as grandes questões do país diretamente, por meio de plebiscitos, iremos diminuir brutalmente a influência da elite econômica, que financia candidatos para depois cobrar a conta e apropriar-se da máquina pública”.
O professor Fabinho ressaltou outros aspectos da campanha do PCB. “Numa reunião com os movimentos sociais ontem em Belo Horizonte, atendemos a uma necessidade do grito dos excluídos, que a 17 anos conta com sua construção pelos movimentos sociais e políticos. Sedemos um programa televisivo para divulgar o ato do dia 7 de setembro, sem pedir nenhuma contrapartida. Isso é por acreditarmos que a potencialização dos movimentos é uma prioridade política nossa. Uma grande vitória de Minas Gerais será, para além do dia 3 de outubro, contar com movimentos sociais mais fortes e combativos”.
Por fim, o debate em Juiz de Fora teve o seu auge na seguinte dúvida de alguns presentes: Como o PCB lança candidato pro Senado, e defende o fim do Senado? “Na atual estrutura política brasileira, o Senado desponta-se como a instituição mais conservadora. Possui 3 figurões de cada Estado com o mesmo poder político que possui a câmara federal, com 513 deputados. O que defendemos é um legislativo unicameral, forte, e com a participação direta de organizações dos trabalhadores e de movimentos sociais. No entanto, sabemos que são propostas que devem ser assimiladas pelo povo e que não serão concretizadas de hoje pra amanhã. Logo, a participação no Senado e em outras instituições do Estado torna-se importante, sobretudo para aprofundar ainda mais a denúncia do caráter conservador de tais instituições”. Assim expôs Rafael Pimenta, que completou: “Nas últimas décadas houve inúmeras iniciativas de projetos positivos para o povo brasileiro, que simplesmente estão enterrados na burocracia do congresso. Um destes exemplos é a regulamentação do artigo 14 da Constituição, que prevê a participação popular por meio de referendos e plebiscitos. Tal projeto tramita a anos pelo congresso, e nunca sequer entrou em discussão no plenário”.
Texto - Sammer Simon - Militante do PCB e da UJC