Nota do Secretariado Nacional do PCB:
O Partido
Comunista Brasileiro repudia energicamente a ofensiva do estado
terrorista colombiano em face do avanço do movimento de massas no país.
Ao mesmo tempo,
solidarizamo-nos com o camarada Carlos Lozano, com o Partido Comunista
Colombiano e com todas as forças que compõem a Marcha Patriótica, cuja
fundação o PCB apoiou com a presença de uma expressiva delegação.
28 de abril de 2012 7:55 am
Nas últimas horas foi assassinado, no
bairro de Bochica de Bogotá, Mao Enrique Rodríguez, chefe da escolta de
Carlos Lozano, diretor do Semanário Voz.
Segundo informou o próprio Carlos
Lozano, na rádio 1070 AM, o fato ocorreu no sul de Bogotá, quando
motoqueiros surpreenderam Rodríguez na porta de uma casa, onde esperava
para abrir.
O assassino disparou à queima roupa,
causando a morte de Rodríguez, conforme Lozano, que acrescentou o fato
de que, nos últimos dias, a vítima estava oferecendo proteção a Alfonso
Castillo, Presidente da Associação Nacional dos Sem-Terra (Asociación
Nacional de Desplazados).
“Estamos averiguando bem os fatos, com
serenidade, com calma”, disse o diretor do Semanário Voz, denunciando
que o assassinato está relacionado com as acusações feitas contra o
Movimento Marcha Patriótica.
“Não tenho a menor dúvida de que tem
relação com toda essa onda de acusações, com todo esse ambiente de
terror psicológico que está sendo gerado no país por conta do surgimento
da Marcha Patriótica e pelo próprio fato de que eu seja um dos
principais porta-vozes”, acrescentou Lozano.
Por esta razão, fez uma exigência ao
Governo Nacional, reivindicando garantias para que o movimento continue
seu trabalho no espaço social, político e democrático da vida do país.
“Os fatos que ocorreram se referem ao
surgimento desse novo partido político e foram exclusivamente baseados
nas acusações arbitrárias, dificultando ainda mais os processos de paz”,
explica. Lozano também aponta o temor de que aconteça com o movimento o
mesmo que se passou com os membros da extinta União Patriótica.
Para ele, a guerrilha colombiana não
possui as suficientes garantias para iniciar um processo de paz exitoso,
a partir do momento que fatos como estes continuam acontecendo.
“Nós não vamos nos desesperar, não vamos
nos deixar intimidar. Vamos permanecer trabalhando. Acreditamos que é
possível avançar neste tipo de organização e vamos continuar trabalhando
com o Polo Democrático Alternativo. Numa situação como esta, a esquerda
colombiana deve se fortalecer ainda mais”, pontuou Lozano.
Para o ativista, a Marcha Patriótica
continuará “trabalhando no protesto pacífico, organizado, contra todas
as medidas antipopulares, contra a reforma das pensões, a nova reforma
tributária, as novas ameaças de privatização por parte do Governo
Nacional. Elas realmente não são gestos de paz, mas parte da injustiça
social desta administração e do neoliberalismo”.
Mao Enrique Rodríguez, de 42 anos, foi o
responsável pela segurança de Carlos Lozano por vários anos, depois de
ter trabalhado na imprensa do partido comunista, onde se imprimia o
SemanárioVoz. Era casado e tinha três filhos.
Informação de David Mauricio Vanegas Duarte.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Assassinado o camarada responsável pela segurança de Carlos Lozano, diretor do Semanário Voz
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Oleh
Rubens Ragone