O PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO, Comitê de Juiz de Fora,
torna público seu apoio à greve dos professores e técnicos administrativos da educação federal por melhores condições
salariais e de trabalho.
O sucateamento do Ensino Público Federal (Univesidades, Institutos Federais e CEFETS) faz parte do projeto
neoliberal que devasta País e coloca-o a reboque de um processo político
universal de globalização que nos relega a um eterno berço esplêndido, a despeito
de toda a propaganda oficial.
A Universidade Pública e o ensino técnico federal são fundamentais na conquista de independência
real a partir da educação, como fundamentais são as lutas dos professores de
ensino fundamental e médio, igualmente desprezados pelos governos estaduais e
municipais.
O governo federal usa 49% de suas receitas orçamentárias
para o pagamento de juros de dívidas junto a bancos, empreiteiras, grandes
corporações, abre mão de impostos favorecendo setores da indústria, financia
empresas privadas nacionais e estrangeiras, adota políticas eleitoreiras sem
ganhos sociais efetivos de organização e conscientização e deixa a Educação de
lado.
A Universidade Pública e os Institutos Federais de Educação Técnica e Tecnológica não são apenas um lugar onde se vai buscar
um diploma ao longo de alguns anos. São centros de saber, de geração de
tecnologias, logo de desenvolvimento, de progresso com sentido de bem comum. As
escolas fundamentais e de ensino médio são o alicerce dessa jornada.
É histórico o desprezo de governantes pela Educação. Entre
outras razões isso significa mais que visão estreita, significa submissão num
mundo comandado por uma ordem política e econômica que um notável professor
universitário brasileiro, o geógrafo Milton Santos, chamou de “globalitarização”.
A globalização tanto pela força das armas, como pela força da mídia que ignora,
distorce e mente de forma deliberada em relação ao movimento dos professores
universitários e de todos os professores de um modo geral.
As reivindicações da categoria estão amparadas na condição mínima
de trabalho e a greve é o instrumento legítimo desses trabalhadores para alcançarem
seus direitos.
É uma luta que transcende à própria categoria e se insere na
busca de um projeto que transforme o Brasil de fato em potência livre e soberana.
Para isso o Ensino Público Federal é fundamental e os
professores são os guias e condutores desse processo de formação e
conscientização.
É dever do governo federal descer de sua arrogância e
negociar para além de propostas fechadas e distantes da realidade. Foi
compromisso de campanha da presidente e não está sendo cumprido.
Universidades e faculdades privadas, por decreto da
presidente, tiveram seus débitos transformados em moeda de negociação para bolsas
de alunos do PROUNI. Um passo a mais a favor do ensino privado.
Todo apoio à greve dos servidores da educação federal.
O processo institucional está falido e a luta tem que ser
travada pela via dos meios disponíveis aos trabalhadores.
O jornal ESTADO DE MINAS, edição de sábado, dia 21 de julho,
afirma que ao mesmo tempo em que o governo Dilma endurece com os professores
universitários e servidores públicos de um modo geral, “planeja um pacote de
bondades para o setor produtivo”, tudo com o objetivo de minimizar o impacto da
economia estagnada e da crise que se desenha em curto prazo, com conseqüências danosas
ao partido do governo nas eleições de outubro.
São os anos FHC de volta!
A greve é legitima, é legal e educação pública e de boa
qualidade é dever do Estado, é direito do cidadão.
Sem professor não há educação.
Por essas razões o
PCB de Juiz de Fora se soma a esse
movimento e torna público seu apoio aos professores e servidores da
UFJF, do IF Sudeste de Minas, do Colégio de Aplicação João XXIII e de
todo o Brasil.
GREVE É DIREITO DOS TRABALHADORES –
EDUCAÇÃO É DEVER DO ESTADO
PELO ENSINO PÚBLICO E POR
REMUNERAÇÃO JUSTA PARA OS PROFESSORES E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS.
NOTA OFICIAL SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA EDUCAÇÃO FEDERAL
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Oleh
Rubens Ragone