Retrospectiva histórica do movimento guerrilheiro, comunista e camponês, que consumou com a constituição das Fuerzas Armadas Revolucionarias da Colômbia, em 27 de maio de 1964. Cronologia extraída da Revista Resistência, editada pelas FARC, em maio de 2004, por ocasião de seus 40 anos de combate.
9 de Abril de 1948. O líder popular Jorge Eliécer Gaitán é assassinado, iniciando um cruento período de violência em todo o país. Fontes indicam que o assassinato fora preparado pela oligarquia nacional e pela CIA.
1949. Surgimento do Movimento de Autodefesa Armada Comunista (MAAC) no município de Chaparral (Tolima), como resposta à repressão e perseguição política do regime. Fascistas e Chauvinistas semeavam a morte no país.
1950. Assume a presidência da Colômbia o mais sanguinário governo da história, o representante do Fascismo Laureano Gómez.
1950. É realizada a aliança entre os destacamentos comunistas e os liberais de Gerardo Loaiza.
1952. O Governo interino de Roberto Urdaneta envia tropas governamentais para “pacificar” a planície oriental e o sul de Tolíma.
1953. Golpe militar de saguinolento Rojas Pinilla.
1955. Agressão a Villarricca. Ao longo da resistência é fundada os Comandos de Guayabero e El Pato. Porém, antes mesmo já funcionavam os Comandos de Riochiquito, Simbula e Marquetália dirigidos por Jacobo Prías e Manuel Maralanda.
1957. Cai a ditadura de Rojas e assume o governo uma junta militar com o objetivo de levar adiante o programa da Frente Nacional que impunha o excludente sistema paritario Liberal-Conservador. Em dezembro, cessa a luta armada, porém, sem a entrega das Armas. Fundado o Movimento Agrário de Marquetália.
1958. Com a presidência de Alberto Lleras Camargo deixa de funcionar a Frente Nacional.
11 de janeiro 1960. Jacobo Prías (Charro Negro), chefe do Movimento Agrário Comunista cai assassinado por ordens do regime. Manuel Marulanda assume a resistência armada.
1962. Governo de Guillermo Leon Veleia. Fracassa a primira ofensiva do exercito colombiano contra o movimento camponês de Marquetália.
26 de setembro de 1963. Tropas do batalhão Caycedo massacram 16 camponeses em Natagaima (Tolima); como resposta ao massacre surge a organização guerrilheira que leva o simbólico nome de 26 de setembro.
11 de abril de 1964. Jacobo Arenas e Hernando González Acosta são enviados a Marquetália pelo Partido Comunista para contribuir na resistência.
27 de maio de 1964. Primeiro combate em La Suiza. Esse fato se torna o marco de fundação das FARC. Com os bombardeios em que participam aviões estadunidenses, os combates se prolongam varias semanas. Há muitas baixas inimigas. Isaias Pardo morre combatendo em San Miguel.
20 de julho de 1964. Em Assembléia, os combatentes proclamam o Programa Agrário dos Guirrilheiros: “... obrigados pelas circunstâncias, nos restaram apenas a via armada revolucionária de luta pelo poder”.
17 de março de 1965. Fusão guerrilheira em Inzá (Cauca), aumentado o movimento para 145 unidades.
Final de 1965. Organizada a Primeira Conferencia do Bloco Sul em Rio Riquito, com a presença de 100 combatentes: “A conferencia considera de extraordinária importância a iniciativa de unificar as forças guerrilheiras dentro de blocos georgraficos determinados”.
23 de setembro de 1965. Cai combatendo em Riochiquito, Hernando González Acosta, estudante da Universidade Livre e membro da Juventude Comunista. O X Congresso do Partido Comunista, expressa: “A guerra de guerrilhas é uma das formas mais elevadas de luta das massas...”. A instalação desse programa do Partido esteve a cargo do membro do Partido, Jacobo Arenas.
Final de 1966. É realiza em El Pato a Segunda Conferência do Bloco Sul, na qual se torna conferencia constitutiva das FARC, com a participação de 250 combatentes. É definido um plano de crescimento e organização nas massas. É afirmado que o processo revolucionário no país seria um processo longo para a tomada do governo, com a classe operaria e o povo trabalhador. Se nomeou o Estado Maior, elegendo Marulanda como Comandante Supremo e Ciro Trujillo como segundo no comando. É aprovado o estatuto de regulamento do regime disciplinar e as normas do comando.
1966-1968. A organização passa por uma profunda crise. Cai Ciro Trujillo. O movimento perde cerca de 70% da força acumulada no processo de luta.
1968. Terceira Conferencia das FARC. Nela, Manuel Marulanda buscou soluções para a crise.
1970. No inicio do ano teve lugar a Quarta Conferencia, em que foram criadas as condições para voltar a Cordilheira Central. É consolidada definitivamente a idéia de Frentes Guerrilheiras. As comissões saem e a partir daí constroem novas frentes.
1974. Quinta Conferencia das FARC. Referencindo-se a crise interna, Marulanda disse: “Agora sim, calculo que temos a resposta para essa terrivel enfermidade que quase aniquilou a todos”. É proposto a ampliação da Força Guerrilheira para se converter em um Exercito Revolucionário.
1978. Sexta Conferencia. Se planeja como indispensável capacitar comandantes e crescer em homens, armas, finanças, escolas de Frentes e uma Escola de Estado Maior e Secretariado. O periódico Resistencia passa a sair regularmente.
1980. As FARC libertam a região de Guayabero do “Plano Cisne 3” e culminou na captura de 22 militares e a recuperação de todo o seu armamento.
4-14 de maio de 1982. Em Guayabero é realizada a Sétima Conferência. É formulado o novo plano estratégico da organização insurgente, e que a partir de então seria acrescentado a designação de “Exercito do Povo”, passando a se chamar FARC-EP. O plano se chamou Camanha Bolivariana por uma Nova Colômbia.
Novembro de 1982. É aprovada a Lei Geral de Anistia.
6 a 20 de outubro d 1983. Plano Ampliado do Estado Maior Central (EMC), que analisa o desenvolvimento da gestão das Frentes de Combate da organização. O plano é em seguida aprovado com unanimidade.
28 de março de 1984. pacto de trégua bilateral entre as FARC´s e o governo de Belisario Betencourt. As FARC lança a plataforma do Movimento de União Patriótica.
1984-1986. Auge do exterminio das forças da União Patriótica. As FARC saem da legalidade. A União Patriótica conseguiu eleger, no pleito de 1986, 14 congressistas, 18 deputados, 335 conselheiros e um grande numero de vereadores. O regime formenta um plano de extermínio contra a UP e aquilou mais de 4.000 de seus dirigentes e militantes. O estado aumenta a guerra suja e a trégua é rompida. Em Cañas região de Ubará, o exercito assassinou 22 guerrilheiros das FARC, violando o acordo de trégua.
10 a 17 de maio de 1989. Plano do Estado Maior Central. As FARC preparam a criação das Uniões solidárias e de núcleos bolivarianos para continuar com êxito as tarefas da Campanha Bolivariana por uma Nova Colômbia.
10 de agosto de 1990. Morre Jacobo Arenas. Em 9 de dezembro, é desencadeado um ataque a Casa Verde, ao Secretariado das FARC, como parte da Operação Centauro II, comandada por César Garcia e comandos militares. O ataque é repelido contundentemente pelas FARC. Neste dia, também foi eleita a Assembléia Constituinte.
1991. Em respostas à agressão, as FARC empreendem a campanha “Comandante Jacobo Arenas, compriremos!”, no qual obriga o regime a negociar a paz. O novo processo de paz se inicia em Caracas e prossegue até março de 92, em Tlaxaca, México. Em outubro, o governo rompe os diálogos.
11 de abril de 1993. Reajuste do Plano Estratégico. É proposta a proposta da plataforma por um Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional.
1994. Campanha militar na despedida do governo de Galvina, em repudio a susa políticas neoliberais lesa-pátria contra o povo.
30 de agosto de 1996. Nova campanha militar das FARC contra a guerra suja e o Terrorismo de Estado e em solidariedade aos ilhares de camponeses que protestavam ao sul do país por melhorias sociais. Durante essa campanha, as FARC tomam a base de Delicias. Capturados mais de 70 militares, os quais são entregues a Cruz Vermelha em Cartagena Del Chairá.
Novembro de 1997. As FARC avançam no processo de criação do Partido Comunista Colombiano Clandestino (PCCC).
1998. Neste ano a organização inferiu ao exercito oficial e às organizações paramilitares sucessivas derrotas, como em El Billar, Miraflores, Tamborales, Mitú, Juradó, La Llorona, Yarumaí, entre outras, cansando centenas de baixas e prisioneiros.
Janeiro de 1999. Começa um novo processo de diálogos pela paz com o governo de Andrés Pastranas, no qual desmilitarizam um amplo território para o trabalho das FARC. Nas audiências publicas há ampla participação de setores da população. É denunciada a lesão da política neoliberal, do Plano Colômbia e da ALCA.
29 de fevereiro de 2002. o governo rompe os acordos de paz com a “Operação Thanatos”.
7 de setembro de 2003. À frente de suas funções de Integrantes do Secretariado das FARC, falece nas montanhas da Colômbia o camarada Efraín Guzman, com 67 anos.
Adaptado de Resistência.
Página FERC-EP
www.farc-ejercitodelpueblo.org
9 de Abril de 1948. O líder popular Jorge Eliécer Gaitán é assassinado, iniciando um cruento período de violência em todo o país. Fontes indicam que o assassinato fora preparado pela oligarquia nacional e pela CIA.
1949. Surgimento do Movimento de Autodefesa Armada Comunista (MAAC) no município de Chaparral (Tolima), como resposta à repressão e perseguição política do regime. Fascistas e Chauvinistas semeavam a morte no país.
1950. Assume a presidência da Colômbia o mais sanguinário governo da história, o representante do Fascismo Laureano Gómez.
1950. É realizada a aliança entre os destacamentos comunistas e os liberais de Gerardo Loaiza.
1952. O Governo interino de Roberto Urdaneta envia tropas governamentais para “pacificar” a planície oriental e o sul de Tolíma.
1953. Golpe militar de saguinolento Rojas Pinilla.
1955. Agressão a Villarricca. Ao longo da resistência é fundada os Comandos de Guayabero e El Pato. Porém, antes mesmo já funcionavam os Comandos de Riochiquito, Simbula e Marquetália dirigidos por Jacobo Prías e Manuel Maralanda.
1957. Cai a ditadura de Rojas e assume o governo uma junta militar com o objetivo de levar adiante o programa da Frente Nacional que impunha o excludente sistema paritario Liberal-Conservador. Em dezembro, cessa a luta armada, porém, sem a entrega das Armas. Fundado o Movimento Agrário de Marquetália.
1958. Com a presidência de Alberto Lleras Camargo deixa de funcionar a Frente Nacional.
11 de janeiro 1960. Jacobo Prías (Charro Negro), chefe do Movimento Agrário Comunista cai assassinado por ordens do regime. Manuel Marulanda assume a resistência armada.
1962. Governo de Guillermo Leon Veleia. Fracassa a primira ofensiva do exercito colombiano contra o movimento camponês de Marquetália.
26 de setembro de 1963. Tropas do batalhão Caycedo massacram 16 camponeses em Natagaima (Tolima); como resposta ao massacre surge a organização guerrilheira que leva o simbólico nome de 26 de setembro.
11 de abril de 1964. Jacobo Arenas e Hernando González Acosta são enviados a Marquetália pelo Partido Comunista para contribuir na resistência.
27 de maio de 1964. Primeiro combate em La Suiza. Esse fato se torna o marco de fundação das FARC. Com os bombardeios em que participam aviões estadunidenses, os combates se prolongam varias semanas. Há muitas baixas inimigas. Isaias Pardo morre combatendo em San Miguel.
20 de julho de 1964. Em Assembléia, os combatentes proclamam o Programa Agrário dos Guirrilheiros: “... obrigados pelas circunstâncias, nos restaram apenas a via armada revolucionária de luta pelo poder”.
17 de março de 1965. Fusão guerrilheira em Inzá (Cauca), aumentado o movimento para 145 unidades.
Final de 1965. Organizada a Primeira Conferencia do Bloco Sul em Rio Riquito, com a presença de 100 combatentes: “A conferencia considera de extraordinária importância a iniciativa de unificar as forças guerrilheiras dentro de blocos georgraficos determinados”.
23 de setembro de 1965. Cai combatendo em Riochiquito, Hernando González Acosta, estudante da Universidade Livre e membro da Juventude Comunista. O X Congresso do Partido Comunista, expressa: “A guerra de guerrilhas é uma das formas mais elevadas de luta das massas...”. A instalação desse programa do Partido esteve a cargo do membro do Partido, Jacobo Arenas.
Final de 1966. É realiza em El Pato a Segunda Conferência do Bloco Sul, na qual se torna conferencia constitutiva das FARC, com a participação de 250 combatentes. É definido um plano de crescimento e organização nas massas. É afirmado que o processo revolucionário no país seria um processo longo para a tomada do governo, com a classe operaria e o povo trabalhador. Se nomeou o Estado Maior, elegendo Marulanda como Comandante Supremo e Ciro Trujillo como segundo no comando. É aprovado o estatuto de regulamento do regime disciplinar e as normas do comando.
1966-1968. A organização passa por uma profunda crise. Cai Ciro Trujillo. O movimento perde cerca de 70% da força acumulada no processo de luta.
1968. Terceira Conferencia das FARC. Nela, Manuel Marulanda buscou soluções para a crise.
1970. No inicio do ano teve lugar a Quarta Conferencia, em que foram criadas as condições para voltar a Cordilheira Central. É consolidada definitivamente a idéia de Frentes Guerrilheiras. As comissões saem e a partir daí constroem novas frentes.
1974. Quinta Conferencia das FARC. Referencindo-se a crise interna, Marulanda disse: “Agora sim, calculo que temos a resposta para essa terrivel enfermidade que quase aniquilou a todos”. É proposto a ampliação da Força Guerrilheira para se converter em um Exercito Revolucionário.
1978. Sexta Conferencia. Se planeja como indispensável capacitar comandantes e crescer em homens, armas, finanças, escolas de Frentes e uma Escola de Estado Maior e Secretariado. O periódico Resistencia passa a sair regularmente.
1980. As FARC libertam a região de Guayabero do “Plano Cisne 3” e culminou na captura de 22 militares e a recuperação de todo o seu armamento.
4-14 de maio de 1982. Em Guayabero é realizada a Sétima Conferência. É formulado o novo plano estratégico da organização insurgente, e que a partir de então seria acrescentado a designação de “Exercito do Povo”, passando a se chamar FARC-EP. O plano se chamou Camanha Bolivariana por uma Nova Colômbia.
Novembro de 1982. É aprovada a Lei Geral de Anistia.
6 a 20 de outubro d 1983. Plano Ampliado do Estado Maior Central (EMC), que analisa o desenvolvimento da gestão das Frentes de Combate da organização. O plano é em seguida aprovado com unanimidade.
28 de março de 1984. pacto de trégua bilateral entre as FARC´s e o governo de Belisario Betencourt. As FARC lança a plataforma do Movimento de União Patriótica.
1984-1986. Auge do exterminio das forças da União Patriótica. As FARC saem da legalidade. A União Patriótica conseguiu eleger, no pleito de 1986, 14 congressistas, 18 deputados, 335 conselheiros e um grande numero de vereadores. O regime formenta um plano de extermínio contra a UP e aquilou mais de 4.000 de seus dirigentes e militantes. O estado aumenta a guerra suja e a trégua é rompida. Em Cañas região de Ubará, o exercito assassinou 22 guerrilheiros das FARC, violando o acordo de trégua.
10 a 17 de maio de 1989. Plano do Estado Maior Central. As FARC preparam a criação das Uniões solidárias e de núcleos bolivarianos para continuar com êxito as tarefas da Campanha Bolivariana por uma Nova Colômbia.
10 de agosto de 1990. Morre Jacobo Arenas. Em 9 de dezembro, é desencadeado um ataque a Casa Verde, ao Secretariado das FARC, como parte da Operação Centauro II, comandada por César Garcia e comandos militares. O ataque é repelido contundentemente pelas FARC. Neste dia, também foi eleita a Assembléia Constituinte.
1991. Em respostas à agressão, as FARC empreendem a campanha “Comandante Jacobo Arenas, compriremos!”, no qual obriga o regime a negociar a paz. O novo processo de paz se inicia em Caracas e prossegue até março de 92, em Tlaxaca, México. Em outubro, o governo rompe os diálogos.
11 de abril de 1993. Reajuste do Plano Estratégico. É proposta a proposta da plataforma por um Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional.
1994. Campanha militar na despedida do governo de Galvina, em repudio a susa políticas neoliberais lesa-pátria contra o povo.
30 de agosto de 1996. Nova campanha militar das FARC contra a guerra suja e o Terrorismo de Estado e em solidariedade aos ilhares de camponeses que protestavam ao sul do país por melhorias sociais. Durante essa campanha, as FARC tomam a base de Delicias. Capturados mais de 70 militares, os quais são entregues a Cruz Vermelha em Cartagena Del Chairá.
Novembro de 1997. As FARC avançam no processo de criação do Partido Comunista Colombiano Clandestino (PCCC).
1998. Neste ano a organização inferiu ao exercito oficial e às organizações paramilitares sucessivas derrotas, como em El Billar, Miraflores, Tamborales, Mitú, Juradó, La Llorona, Yarumaí, entre outras, cansando centenas de baixas e prisioneiros.
Janeiro de 1999. Começa um novo processo de diálogos pela paz com o governo de Andrés Pastranas, no qual desmilitarizam um amplo território para o trabalho das FARC. Nas audiências publicas há ampla participação de setores da população. É denunciada a lesão da política neoliberal, do Plano Colômbia e da ALCA.
29 de fevereiro de 2002. o governo rompe os acordos de paz com a “Operação Thanatos”.
7 de setembro de 2003. À frente de suas funções de Integrantes do Secretariado das FARC, falece nas montanhas da Colômbia o camarada Efraín Guzman, com 67 anos.
Adaptado de Resistência.
Página FERC-EP
www.farc-ejercitodelpueblo.org
Breve História das FARC-EP
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5
Oleh
Kaizim