19 de dezembro de 2009

A CPI DO MST – OS ESCRAVAGISTAS - Por Laerte Braga


Quem quer que se dirija ao GOOGLE, pesquisa, digitar o nome do deputado
Ronaldo Caiado do DEM (partido de José Roberto Arruda) vai encontrar, entre
outras coisas, seu vínculo com o trabalho escravo. O deputado é contrário à
emenda constitucional que pune com a perda das terras para fim de reforma
agrária, o proprietário ou empresa que fizer uso de trabalho escravo. Ele
próprio o faz.
Quem for procurar informações sobre a senadora Kátia Abreu (DEM, partido
de José Roberto Arruda) vai encontrar que a senhora em questão encalhou
no Senado Federal às custas de dinheiro da Confederação Nacional da
Agricultura da qual era presidente e repassado àquela entidade para ser
utilizado em financiamentos de projetos agrícolas.
Não são necessariamente corruptos por corrupção. São corruptos pelo que
representam. Interesses do mais atrasado e boçal latifúndio brasileiro (se bem
que não existe latifúndio não atrasado e não boçal).
Kátia Abreu responde a processo por desvio de recursos da Confederação
Nacional da Agricultura, tanto quanto por ter lesado um lavrador em sua
região, tomando-lhe a terra num típico conto do vigário.
Nem a senadora e nem o deputado descobriram ainda a existência de garfo
e faca, por exemplo, para se possa comer. Conhecem chicote, pelourinho,
senzala e toda a sorte de boçalidades possíveis em termos de se tratar
escravos.
Ronaldo Caiado e Kátia Abreu associaram-se a empresas estrangeiras, a
MONSANTO principalmente, entupindo a mesa do brasileiro e lá fora também,
de produtos transgênicos, sabidamente nocivos à saúde e que para muito
além disso transformam num curto prazo qualquer terra em imprestável ao
plantio do quer que seja, mas aí, suas contas bancárias já estarão aptas a lhes
garantir futuro tranqüilo e risonho.
A CPI do MST tem dois vieses que se casam. O primeiro deles assegurar a
permanência do regime de escravidão mantido pelo latifúndio brasileiro e o
segundo assegurar a posse da terra a empresas estrangeiras, logo, ferindo de
morte a soberania nacional, tal a extensão de terras em poder desse tipo de
gente.
Se a agricultura brasileira, sustentada na prática pelo pequeno e médio
produtor rurais, vai se lascar e o “celeiro do mundo” virar um grande deserto
dentro de alguns anos, gerando fome e doenças, isso não é problema deles,
pois não são humanos, são figuras desprezíveis e abjetas em todos os sentidos.
O patriotismo deles é aquela forma canalha a que se refere o pensador inglês
Samuel Johnson.
A CPI é simples. Estigmatizar o MST com apoio da mídia (a grande mídia
GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, BANDEIRANTES, etc) venal e serve aos
mesmos patrões, assegurar os privilégios dos latifundiários entre eles o de não
pagar suas dívidas com o Banco do Brasil e outras agências de fomento do
governo (nunca pagaram e nem pensam em pagar, são caloteiros por
natureza), garantindo que permanecerão senhores de escravos e a serviço de
potência estrangeira.
São bandidos, bandoleiros lato senso.
Não têm escrúpulos e nem têm nada além da capacidade de urrar e rosnar
asneiras.
Que tenham recebido apoio expresso e público do deputado Ônix Lorenzoni,
também do DEM (partido do governador José Roberto Arruda) não é
novidade. O Rio Grande do Sul embora seja um dos estados mais próspero do
País, terra de Mário Quintana entre outros, tem o latifundiário mais brutal e
estúpido do Brasil. Ainda desconhecem a existência da roda, mas conhecem
a da pólvora com que seus pistoleiros assassinam trabalhadores rurais e
pequenos produtores.
E todos eles são financiados tanto por recursos desviados da Agricultura, como
por empresas estrangeiras.
A senadora Kátia Abreu, uma espécie de pré-ornitorrinco, tal e qual Ronaldo
Caiado. Lorenzoni não. É só um sem vergonha querendo aumentar o por fora.
Foi eleita “miss desmatamento.”
Por que não levantar os débitos dessa gente com as agências de fomento à
agricultura do governo federal? Os assassinatos cometidos por seus pistoleiros?
Será que o brasileiro comum faz idéia de quanto um pilantra como Agripino
Maia deve aos cofres públicos de financiamentos para a agricultura e usado
em especulação financeira, mas que a GLOBO não informa, pois chega ali
boa parte da grana?
A turma de abóboras que gosta de bom dia e escolher a gravata do Bonner?
O que está por trás da CPI do MST? Num primeiro momento garantir privilégios
de bandidos como Kátia Abreu, Ronaldo Caiado. Num segundo atender a
interesses de grupos econômicos estrangeiros e num terceiro, finalmente,
inscrever o Brasil no rol de colônias da corte de Washington, à qual servem
com devoção e altos salários.
Isolar um movimento popular que luta por algo que até um general fascista
como Douglas MacArthur fez ao final da guerra, no Japão, a reforma agrária.
Quando a fome bater em “grandes plantações”, como afirma Vandré em sua
canção “pra não dizer que não falei de flores”, não adianta mandar o xerife
atrás desses bandidos. Já estarão longe e o Brasil já será BRAZIL.
A propósito, mesmo o ministro do Meio-ambiente, Carlos Minc, sendo um
bobalhão, atrapalha interesses dessa gente e Kátia Abreu usou o recurso mais
comum entre os seus. Ameaçou-o de morte por não aceitar assentar-se de
quatro no colo do latifúndio.
A CPI do MST é isso. Uma traulitada no interesse nacional. O tal “terrorismo” do
MST é uma luta legítima em favor do BRASIL, ao contrário dos que lutam pelo
BRAZIL.
Há uma diferença fundamental entre um e outro.

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Oleh

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