PCB ENTREGA, EM RECIFE, A MEDALHA DINARCO REIS, IN MEMORIAM, A JURANDIR, ÚNICO FILHO VIVO DE GREGÓRIO BEZERRA.
“Em 1935, a gente tinha armas, mas não tinha massa;
Em 1964, a gente tinha massa, mas não tinha armas.”
(Gregório Bezerra)
Sem subestimar o fundamental papel dos intelectuais revolucionários, é impressionante como a inserção de um comunista na massa, como um peixe dentro da água, lhe permite, com uma sábia simplicidade, resumir e transmitir ao povo teses de importância prática e teórica.
Com a pequena frase citada em epígrafe, Gregório Bezerra conseguiu caracterizar aqueles que talvez tenham sido os dois maiores erros políticos da heróica, porém pendular, história do PCB, e que trouxeram grandes prejuízos para o Partido e para as massas.
De um lado, critica o baluartismo, o espontaneismo, o foquismo e a subestimação das massas, no levante militar de 1935.
De outro, critica o reformismo, a ilusão de classe e a subestimação da natureza da democracia burguesa, antes do golpe militar de 1964.
Em expressivo e fraterno ato público no último dia 13 de março, no Recife, em que se celebravam 110 anos de nascimento de Gregório Bezerra, o PCB concedeu-lhe, in memoriam, a Medalha Dinarco Reis, com que homenageia anualmente cinco camaradas que honram a história do Partido.
A amplitude e o pluralismo do ato mostraram que Gregório extrapola o PCB.
O ato teve seu momento mais emocionante quando o músico, poeta, cantor e compositor Vital Farias, militante do PCB no Estado da Paraíba, apresentou duas peças musicais que preparou especialmente para o evento, em homenagem à memória de Gregório: um réquiem e uma “incelença”, que contaram com a participação do músico Luiz Wagner, também do PCB, e de alguns dos filhos de Vital.
Ivan Pinheiro
Secretário Geral do PCB
GREGÓRIO BEZERRA: UM EXEMPLO DE REVOLUCIONÁRIO
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Oleh
Rubens Ragone