A julgar pelas declarações do presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora feitas após a farra de novos cargos, o pastor Carlos Bonifácio pretende transformar a Casa em uma espécie de trampolim eleitoral para chegar a Assembléia Legislativa e, quiçá, em um templo a 10% para a casinha em Belo Horizonte.
Como se não bastasse o fato do prefeito de Juiz de Fora chamar-se Custódio Matos, exemplo de inoperância absoluta, mas de marketing perfeito.
Quem precisa de Câmara Municipal? Para que Câmara Municipal?
O chamado legislativo do município se presta a legislar no interesse público e a fiscalizar as ações do Executivo. Nem uma e nem outra coisa, a despeito das exceções que teimam em cumprir o mandato de forma correta, decente e competente.
Não há necessidade de toda essa pompa e submeter Juiz de Fora a vexames consecutivos como o pastor Bejani, o prefeito Custódio, as câmaras em sua maioria absoluta comprometidas com tudo menos com a cidade.
A representação popular é a natureza do Poder Legislativo pode, perfeitamente, ser substituída por conselhos de cidadãos, organizações sindicais, categorias profissionais, como ocorre em vários países do mundo e como se mostra muito mais transparente e eficiente.
Com a estrutura que existe no Brasil Câmaras Municipais são nada mais e nada menos que um excelente emprego, ótimos salários, vantagens sem tamanho e muitas vezes capazes de causar danos as cidades e aos cidadãos.
Ninguém precisa desse tipo de representação.
Cá entre nós, quando se olha para o prédio onde funciona a Câmara de Juiz de Fora, não dá uma espécie de repulsa, sentimento de vergonha?
É óbvio que sim.
Democracia em sua essência é o poder popular e câmaras municipais são barreiras a esse poder. Poder popular é a participação direta e ampla do cidadão naquilo que diz respeito ao seu interesse – como um todo coletivo – mais direto, a cidade.
A primeira realidade de cada um de nós e a cidade.
É crível imaginar que se possa ter uma cidade num rumo certo com Custódio Matos (o nível de corrupção no governo supera o de Bejani, a diferença é a qualidade da quadrilha) prefeito e Carlos Bonifácio presidente da Câmara?
É a esculhambação absoluta.
A principal preocupação do alcaide é a de arrumar uma vaga para o filho – vereador Rodrigo Matos -, primeiro suplente de deputado estadual, na Assembléia. O vereador em questão não fala e anda ao mesmo tempo, tropeça e cai e não tem a menor noção que já existe bússola, ou o que possa ser isso.
O prefeito em si e por si é uma tragédia.
É só comparar aquele jeitinho de anjo da campanha com o de agora. Tucanos são assim, perversos, corruptos, sem qualquer escrúpulo ou respeito pelo que quer que seja.
E já ameaça ser candidato a reeleição.
Aí não vai haver necessidade de chuvas, nada disso para a cidade acabar. O prefeito se encarrega disso e com a ajuda da maioria dos vereadores, ainda mais agora com direito a mais um assessor.
É uma farra esse trem!
A conta chegou no IPTU.