Há dias, numa palestra, me perguntaram sobre se eu não achava que o Senado deveria acabar. Se pensarmos bem é uma casa que abriga José Sarney, Clésio Andrade, Aécio Neves, abrigou José Serra, ACM e outros dejetos mais.
No duro mesmo desnecessárias são câmaras municipais. É só olhar a relação custo benefício. A de Juiz de Fora por exemplo. Quatro, cinco vereadores no máximo com noção de responsabilidade de dever, princípios éticos de bom procedimento em relação ao dinheiro público e o resto num jogo de me engana que eu gosto muito bem remunerado e cúmplice de situações lesivas aos interesses da cidade dos cidadãos.
Por que não substituí-las por conselhos populares? Está em discussão a reforma política é uma chance de nos livrarmos desse tumor. Representação de conselhos comunitários, sindicatos, movimentos populares, com certeza os resultados seriam bem melhores e a participação popular impediria desmandos como o do atual governo do que chamam prefeito, o tal Custódio Matos.
A construção do aterro sanitário de Dias Tavares começou a ser urdida no governo Bejani. Negócio de propina de primeiro mundo, todas as irregularidades possíveis no que diz respeito ao problema ambiental, corrupção em âmbito estadual, licenças compradas a preço de ouro e um custo/propina que é transferido ao cidadão comum.
A máfia que opera o negócio é a QUEIROZ GALVÃO envolvida em vários processos por corrupção, fraudes, etc, em todo o País.
Um cochilo da Justiça – vá lá que seja cochilo – permitiu esse dano irreparável ao ambiente.
A Queiroz Galvão, hoje, despeja em Juiz de Fora o lixo das cidades de Ubá, Barbacena, e Santos Dumont. Opera aqui com o nome de VITAL ENGENHARIA e espera a ligação da MG 353 à BR 040, cruzando as cabeceiras da Represa Doutor João Penido para que centenas de caminhões de lixo de outras cidades passem por ali. Só o lixo da cidade de Ubá corresponde a 50 toneladas/lixo dia. É jogado aqui.
A ação continua a correr na Justiça, mas e daí? Justiça no Brasil é um amontoado de papéis e clips, carimbos, etc, que quando decisão houver, sem houver, seremos a cidade lixo do Brasil.
E os vereadores?
Têm, constitucionalmente, o dever de fiscalizar os atos da Prefeitura. Trocam esse dever, a maioria, por favores que possibilitem suas respectivas reeleições.
Se perguntados sobre o assunto, tirando os quatro ou cinco que têm noção do papel que cumprem, o resto não tem a menor idéia do que seja o mandato de vereador, de atribuições, responsabilidades, etc.
Há um crime sem tamanho sendo cometido contra a cidade pela empresa QUEIROZ GALVÃO através de sua subsidiária a VITAL ENGENHARIA, conta com a cumplicidade dos órgãos ambientais do estado de Minas (devidamente propinados) e com a participação do ex-prefeito Carlos Alberto Bejani e do atual prefeito Custódio Matos “nos lucros da empresa”.
A fatura cai sobre cada um dos habitantes da cidade.
Cá entre nós, vereador para que?
Para ficar correndo de um lado para outro, fingir que está ocupado, dar a impressão que trata dos interesses da cidade e seus habitantes quando, na verdade, fazem da Câmara um grande “negócio” e onde se eternizam – muitos deles – numa troca vergonhosa de favores, benefícios, etc, cujo custo sempre recai sobre a população?
Um monte de assessores trombando pelos corredores e também sem noção alguma do que vão assessorar exceto afirmar que sua excelência não pode receber porque está em reunião importante.
Que reunião importante?
É necessário começar a partir de sindicatos, conselhos comunitários, movimento popular, a discussão sobre o fim das câmaras municipais e sua substituição por representação da sociedade civil organizada e não há nenhum absurdo nisso. Países ditos do primeiro mundo têm essa estrutura para formar o legislativo municipal.
Democrática, mais barata e acima de tudo mais produtiva, a partir da constatação pura e simples que o cidadão comum passa a ser parte importante do processo político para além daquele demagogia de um prefeito invisível como Custódio de menino pobre que lutou com dificuldades, etc, etc, mas constrói uma bela mansão em Búzios.
Ou aqui mesmo na cidade.
Que permite que a cidade seja destruída por uma das mais perigosas máfias brasileiras, a QUEIROZ GALVÃO. Que se associa a um primor de intelectual a secretária Suely Reis (tráfico de drogas e sexo explícito em lugar público passou a ser manifestação cultural).
É comum a história do sujeito que assaltado vai recuando, recuando, o assaltante tem uma faca apontada para ele, até que de tanto recuar esbarra numa parede e não tem mais como fugir da faca. Ou se sujeita e entrega o que tem, correndo ainda o risco da facada, ou se insurge e enfrenta o bandido.
É a opção do juizforano. Ou aceita essa bandalheira toda que permeia o poder público municipal, ou vai à luta e afasta de cena as quadrilhas que tomam a cidade de assalto.
Na Itália, domingo, o povo italiano disse não ao mafioso e pedófilo Sílvio Berlusconi. Lembrei-me da Itália, pois quando da chamada “Operação Mãos Limpas”, que tentou livrar executivo, legislativo e judiciário de organizações criminosas, as grandes máfias lavavam o dinheiro do crime através de empreiteiras e empresas que “cuidavam” do lixo das cidades.
A QUEIROZ GALVÃO é máfia. A VITAL ENGENHARIA é subsidiária da máfia. Parte integrante. O prefeito é cúmplice, e os vereadores se não apurarem o assunto através de Comissão de Inquérito passam a ser culpados desse desmando.
De cidade pólo de uma região, estamos virando depósito do lixo das cidades vizinhas, tudo na calada da noite, como convém a criminosos.
Mas não perguntem nada a secretária Suely Reis do contrário ela pode achar que isso é progresso, receber o lixo das cidades vizinhas. Nem ao secretário Vítor Valverde, pois pode queimar no golpe e aumentar a cota de multas de cada guarda municipal, instituição da qual é comandante em chefe, general da banda.
OU A CÂMARA APURA OU OS VEREADORES SÃO CÚMPLICES – PARA QUE VOTAR NESSES CARAS? Por Laerte Braga
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Oleh
Rubens Ragone