Por Coletivo Paulo Petry*
O dia 04 de abril foi um dia especial em Cuba. Por certo o brilho que mais reluziu foi o da festa dos 50 anos da Unión de los Jóvenes Comunistas
(UJC). A organização que reúne os jovens revolucionários em Cuba tem
uma história repleta de conquistas e sacrifícios, conduzindo as gerações
de jovens cubanas e cubanos no caminho iniciado pelos “barbudos” em 59.
A revolução cubana formou já muitas gerações de combatentes pela vida,
de revolucionários internacionalistas, de seres humanos justos, com
idéias profundas e prática coerente. Em todas estas gerações esteve
presente a UJC. Ao completar 50 anos de lutas, de entrega e de alegria
revolucionária, a UJC tem como lema “vamos por mais” - ainda mais
rebeldia, unidade e convicção pelo caminho socialista escolhido pelo
povo cubano há 53 anos.
No entanto, a foice e o martelo do
Partido Comunista Brasileiro (PCB) também brilharam nesse dia 04 de
abril, fazendo a festa ainda mais bonita. Durante 3 horas de atividades
os jovens comunistas brasileiros, estudantes da Escola Latino Americana
de Medicina, mostraram toda sua convicção, organização e alegria num ato
que reuniu mais de 50 pessoas numa pequena sala da Casa Memorial
Salvador Allende, em Havana. Entre as organizações da Nossa América
estiveram presentes os representantes do Partido Comunista Colombiano e
da Juventude Comunista Colombiana, do Partido Comunista do Chile e das
Juventudes Comunistas do Chile, do Partido Comunista Peruano, do Partido
Comunista do Peru, da Federação Juvenil Comunista da Argentina, do
Movimento Colombianos e Colombianas pela Paz na Colômbia, do Movimento
Ponto Zero da Venezuela, militantes do Partido Comunista de Cuba e da
União de Jovens Comunistas de Cuba, da Federação de Estudantes
Universitários de Cuba, do Movimento Sem Terra do Brasil (MST), do
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Partido dos Trabalhadores
(PT), da Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
(COIAB) e do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), além da honrosa
presença da intelectual marxista cubana Isabel Monal e do representante
em Cuba da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP). A edição
23 do jornal Avante2 foi distribuída a todos os participantes.
Diversas foram as atividades artísticas
que permearam a atividade, entre elas poemas dramatizados e músicas
brasileiras e latino americanas. A internacional cantada por uma
estudante peruana e acompanhada por todos os presentes marcou a unidade
da nossa bandeira e emocionou a todos. Durante as intervenções dos
camaradas da base do PCB em Cuba a história dos comunistas – entre
erros, acertos e autocríticas – e a atual estratégia socialista do PCB
levaram um pouco de Brasil para a pátria internacionalista dos cubanos. A
admiração pela nossa história e a afinidade pela nossa atual política
estratégica marcaram as intervenções dos presentes. O representante do
Partido Comunista Colombiano ressaltou que “os 90 anos do PCB apenas
revelam a juventude das suas idéias”, os representantes do Movimento
pela Paz na Colômbia também expressaram a sintonia com nossa avaliação e
a “importância do PCB para a construção do movimento latino americano
que lute pela paz com justiça social na Colômbia”. Os chilenos afirmaram
que a “atual linha política do PCB, sua capacidade de autocrítica e de
reconstrução são um exemplo para os partidos comunistas do mundo”. Os
palestinos agradeceram “a história de solidariedade do PCB com a causa
palestina” e a “esperança que tem no Partido Comunista para a construção
de um Brasil de justiça e socialismo”. Os jovens comunistas cubanos
emocionaram os presentes com suas intervenções, lembrando que “a
juventude das nossas idéias, a profundidade dos nossos debates e o
sacrifício das nossas ações são as marcas dos comunistas” e que “a
capacidade de autocrítica e reconstrução do PCB são exemplo para a
América Latina”. Os jovens comunistas cubanos também ressaltaram a
esperança em ver “a alegria, a profundidade e a convicção dos jovens
comunistas brasileiros, uma prova do novo momento vivido pelo PCB”. Por
fim um jovem músico da Federação Juvenil Comunista da Argentina e um
estudante de medicina brasileiro também emocionaram com suas músicas,
terminando a atividade com gritos de “Viva o PCB e viva a revolução
brasileira”.
Os jovens comunistas brasileiros do
Núcleo Paulo Petry se sentiram honrados em poder representar o Partido
numa data tão importante, levando um pouco deste momento de esperança
que vivemos os revolucionários brasileiros ao povo cubano e às
organizações revolucionárias do mundo que estiveram presentes. A
oportunidade de realizar uma atividade com tamanha representatividade só
foi possível graças ao internacionalismo proletário dos cubanos, que
não apenas dividem o que sobra, mas sim tudo que tem com os povos
oprimidos do mundo – multiplicam sua esperança no socialismo. Dessa
forma, os jovens comunistas brasileiros afirmaram em uníssono “ fomos,
somos e seremos solidários com o povo cubano e sua a revolução, sem
jamais vacilar, certos da importância de Cuba Socialista para as lutas
de emancipação dos povos pelo mundo”.
Abril de 2012.
Notas:
1-base da UJC/PCB formada por estudantes de medicina em Cuba
2-jornal mensal do Coletivo Paulo Petry que pode ser visualizado no site www.coletivopaulopetry.blogspot.com
90 anos do PCB comemorados também em Cuba
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5
Oleh
Rubens Ragone