Há 90 anos um grupo de camaradas fundou o Partido Comunista
Brasileiro na cidade de Niterói. No curso de sua história, como afirmou o poeta
Ferreira Gullar num dos seus trabalhos, o PCB não se transformou no maior
partido do ocidente, mas a história das lutas populares e das conquistas dos
trabalhadores brasileiros não pode ser contada sem que se registre a presença
do Partidão, como é conhecido.
Figuras de importância na vida política, cultural, econômica
e trabalhadores passaram pelo PCB. Luís Carlos Prestes, Jorge Amado, Cândido Portinari,
Emiliano Di Cavalcanti, Monteiro Lobato, Carlos Marighela, Gregório Bezerra e
tantos outros, marcaram a história do Partido e das lutas populares.
Nos breves momentos de legalidade o PCB elegeu expressiva
bancada para a Assembléia Nacional Constituinte de 1946 e na ilegalidade – por força
da repressão das elites políticas, econômicas e militares – jamais se afastou
de seus ideais marxistas-leninistas, na busca da construção do socialismo e do
comunismo.
Enfrentou crises internas, sofreu ataques no sentido de se
calar, foi devastado pela ditadura militar e renasceu com os mesmos princípios
e a mesma determinação.
Por trás de cada conquista da classe trabalhadora em nossa
história está registrada a presença do Partido Comunista Brasileiro.
Em Juiz de Fora, nas eleições de 1946 elegeu o trabalhador
da construção civil Lindolfo Hill para a Câmara Municipal e em seus quadros
incorporou figuras do porte do professor Irineu Guimarães, do advogado Thomaz
Bernardino, entre tantos.
Eleições em países capitalistas são consideradas pelo PCB
como instrumentos, meios e não como fim. Só chegaremos ao socialismo pela luta
popular.
A tarefa que se impõe num pleito marcado por regras rígidas
e que favorecem ao modelo político e econômico que sujeita trabalhadores é a do
debate, da formação, da conscientização.
Esse é o desafio que nos propomos a enfrentar. Não somos nem
perdedores e nem vencedores. Somos o PCB, o PARTIDÃO, somos lutadores do povo.
Enxergamos na cidade a primeira realidade de cada um de nós.
Nascemos numa cidade, crescemos na cidade, nos formamos na cidade, constituímos
nossas famílias na cidade, vendemos nossa força de trabalho na cidade e terminamos
nossos dias na cidade.
Dentro dessa ótica é fundamental que a cidade seja a célula
de construção de uma Nação forte e próspera.
Por isso propomos a CIDADE CAMARADA.
Fraterna, solidária, em que o progresso seja comum a todos e
determinado pela participação popular, onde as diferenças sejam respeitadas,
porque do contrário só existem privilégios a uns poucos.
O mundo globalizado a partir dos interesses das grandes
potências afeta as cidades. Afeta o ser humano na característica sombria dos
desastres ambientais, das desigualdades sociais e da perda de valores
fundamentais a cada um de nós e a todos.
Reagir a partir das cidades.
É o que os comunistas do PCB propõem a Juiz de Fora.
Um amplo debate sobre a cidade, a saúde, a educação, o
meio-ambiente, os transportes coletivos urbanos, o lazer, a cultura, o processo
de crescimento urbano, a cidade no contexto do estado, da União e na realidade
mundial. Um debate permanente que não se esgote no voto, que se estenda às
tarefas de governo.
Democracia popular é assim. Com plena e ampla participação
de conselhos comunitários, das mais diversas categorias de trabalhadores. A
convicção que candidatos não são produtos vendidos por campanhas eleitorais/publicitárias
sem compromissos claros com a cidade e seu povo.
O PCB concorre às eleições com Laerte Braga, jornalista, candidato a prefeito.
Rubens Ahyrton Ragone Martins, professor EBTT, candidato
a vice-prefeito e
Luiz Carlos Torres Martins Júnior funcionário da AMAC, a vereador.
SOMOS O PARTIDÃO – PCB 21
CONSTRUIR O SOCIALISMO – A CIDADE CAMARADA
CARTA DOS COMUNISTAS AO POVO DE JUIZ DE FORA
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Oleh
Kaizim
1 comentários:
comentáriosBacana demais camaradas, a luta é braba, mas somos mais.
ResponderForça, Ação, aqui é o Partidão!