31 de julho de 2011

CARTA DE JULIAN CONRADO, DIRIGENTE DAS FARC

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APORREA

Afirma Julián Conrado: “quero que saibam que, aconteça o que acontecer, não me renderei nem trairei”

Resumen Latinoamericano/Aporrea - O compatriota Tamanaco de la Torre nos fez chegar a informação que compartilhamos. Na mesma, consta informação acerca do paradeiro e estado do cantor e revolucionário Julián Conrado.

Como é de ciência do mundo, em 31 de maio, no operativo conjunto das polícias venezuelana e colombiana, foi detido-sequestrado ilegalmente na Venezuela, no estado de Barinas, o cantor revolucionário colombiano Julián Conrado. Atualmente, se desconhece o curso do “procedimento legal” para sua entrega ao governo da Colômbia, país no qual existem 7.501 (agora seria mais um) presos políticos, produto da guerra civil que afeta o país irmão há mais de sessenta anos, aos quais são violados seus direitos humanos e negados o devido processo.

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Nas palavras de Julián, entregá-lo à Colômbia seria “... a tortura e a morte...”.

Hoje sabemos que está em Boleíta, na sede da Direção Geral de Inteligência Militar (DIM), em Caracas.

Há 52 dias está incomunicável e sequestrado. Assim como nosso comandante Chávez fez para desmentir sua renúncia, na base militar de Turiamo, onde também se encontrava desaparecido e sequestrado em abril de 2002, quando pediu ajuda a seu cabo da Guarda Nacional, Juan Bautista Rodríguez, o “Cabos de Tres Soles”, nosso cantor colombiano Julián, conseguiu a solidariedade de um humilde soldado bolivariano que nos fez aparecer o trovador da selva através de umas linhas de agradecimento que divulgamos a seguir.

Julián nos faz chegar sua luz, das sombras do cárcere, por meio de uma carta de agradecimento às pessoas decentes do mundo que compreendem o valor da solidariedade e a importância da defesa intransigente do Direito Internacional Humanitário. Diz assim (anexamos cópia fiel e idêntica da mesma):

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Caracas, dia do aniversário de Mandela de 2011

Irmãos e irmãs de todas as partes do mundo que me brindam com solidariedade. De meu cativeiro na República Bolivariana da Venezuela, agradeço seu apoio e a força que me dão para seguir adiante.

Sei que, de acordo com os tratados e leis internacionais, inclusive as próprias leis da Venezuela, minha extradição para a Colômbia ou para os Estados Unidos não é possível. O Comandante Chávez sabe perfeitamente que nenhuma razão do Estado pode estar jamais acima dos direitos inerentes à pessoa humana e os princípios revolucionários. Além disso, o camarada Chávez sabe que essa decisão não teria outro significado que o da tortura e da morte. O que eu digo é muito claro: “a qualidade mais bonita de um revolucionário é sentir no seu eu mais profundo qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo”.

De todas as maneiras quero que saibam, aconteça o que acontecer, não me renderei nem trairei. Definitivamente, o coração não me deixa outra opção: esteja onde estiver, seguirei sendo fiel à bela causa da paz com justiça e com amor. Bom... é como já disse meu irmão Alí Primera: “Não só de vida vive o homem”.
Não deixei de cantar e tenho duas novas canções. Quando a questão do meu asilo for resolvida, mostrarei as minhas canções para todos vocês.

Um abraço de todo coração.

AMANDO VENCEREMOS!

Julián Conrado

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2884&Itemid=1&lang=en

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

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