26 de julho de 2011

Manifesto de Solidariedade ao PCB

imagemCrédito: PCB


Até agora, mais de duzentos intelectuais, militantes e organizações progressistas, de vários Estados do Brasil e de vários países, se manifestaram em solidariedade ao PCB, diante de uma representação da Confederação Israelita do Brasil no Ministério Público Eleitoral, acusando o partido de anti-semitismo, conforme nota política que aqui republicamos, ao final das assinaturas. O manifesto está aberto a adesões, através do endereço secretariageral.pcb1@gmail.com .
SOLIDARIEDADE AO PCB
Prestamos nossa solidariedade ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) diante de representação judicial em que é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.
Independentemente de nossa concordância ou não com as posições políticas do PCB, reconhecemos nele um partido político que, ao contrário da acusação, luta por uma sociedade laica, igualitária e fraterna, sem discriminações de qualquer natureza.
Esta absurda representação, além de constituir um atentado à livre organização partidária, fere todas as cláusulas pétreas da Constituição Brasileira que se referem à liberdade de organização e de expressão.
1
Achille Lolo – editor de TV e correspondente do jornal Brasil de Fato em Roma (Itália)
2
Adelaide Gonçalves – historiadora, Universidade Federal do Ceará (CE)
3
Adriano Nascimento – professor – UFAL (AL)
4
Alan Woods – dirigente da Corrente Marxista Internacional (CMI)
5
Aldrin Castellucci - historiador e professor da UNEB
6
Alessandra Soares Gomes – assistente social (RJ)
7
Ana Claudia de Almeida Garcia – advogada (RJ)
8
André Moreau – jornalista e cineasta (RJ)
9
Angélica Lovatto – professora FFC/UNESP (SP)
10
Anita Leocádia Prestes – professora universitária (RJ)
11
Antonio Carlos Maciel – prof. , doutor, diretor do Campus Universitário da UF de Rondônia (RO)
12
Antonio de Campos – pres. da Associação Pernambucana de Anistiados Políticos – APAP (PE)
13
Antonio Rago - professor da PUC/SP
14
Argemiro Pertence – engenheiro, diretor da Casa da América Latina (RJ)
15
Armando Boito - professor de Ciência Política da Unicamp (SP)
16
Associação Cultural José Marti (RJ)
17
Associação para o Desenvolvimento da Imprensa Alternativa – ADIA (RJ)
18
Aton Fon Filho – advogado (SP)
19
Augusto Buonicore – membro da Fundação Maurício Grabois, historiador (SP)
20
Aurélio Fernandes – Morena/Brigadas Populares
21
Beto Almeida – jornalista, diretor da Telesur
22
Caio Navarro Toledo – professor da Unicamp (SP)
23
Carlos A. Lozano Guillen – dir. do Semanário Voz e dirig. do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)
24
Carlos Alberto Barão – historiador (RJ)
25
Carlos Bauer – professor universitário (SP)
26
Carlos Casanueva – secretário geral do Movimento Continental Bolivariano – MCB (Chile)
27
Carlos Duarte – Presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)
28
Carlos Eugênio Clemente – ex Comandante da ALN - Aliança Libertadora Nacional (RJ)
29
Carlos Luis Casabianca – dirigente do Movimento das Vítimas da Ditadura de Stroessner (Paraguai)
30
Carlos Nelson Coutinho – professor universitário (RJ)
31
Casa da América Latina
32
Ceci Juruá – economista e pesquisadora (RJ)
33
Celso Frederico – professor universitário (SP)
34
Cesar Benjamin – editor (RJ)
35
César Labre – professor da UFMA (MA)
36
Chico Alencar – Deputado Federal – PSOL (RJ)
37
Claudia Santiago – jornalista (RJ)
38
Comitê Central da Refundação Comunista – RC-Brasil
39
Consulta Popular
40
Coordenação Nacional da Juventude Liberdade e Revolução – LibRe-Brasil
41
Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes – CCLCP
42
Corrente Marxista Internacional (CMI)
43
Cristiano Ferraz – professor de história da UESB (BA)
44
CSP – CONLUTAS
45
Daniel Rodrigues – professor universitário (PE)
46
Danilo Matuscelli – professor universitário (SC)
47
Dirlene Marques – professora universitária (MG)
48
Duarte Pacheco Pereira – jornalista e escritor (SP)
49
Eliel Machado – professor da Universidade Estadual de Londrina (PR)
50
Eliete Ferrer – professora (RJ)
51
Eliomar Coelho – vereador do Rio de Janeiro – PSOL (RJ)
52
Elza Margarida de Mendonça Peixoto – professora universitária – UFEL – Londrina (PR)
53
Emanuel Cancella – Sindipetro (RJ)
54
Federação de Estudantes Universitários – FEU (Colômbia)
55
Fernando Cataldi – advogado (RJ)
56
Fernando Siqueira – presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (RJ)
57
Flávio Tavares – jornalista e escritor, autor, entre outros, de “O dia em que Getúlio matou Allende” (RJ)
58
Franklin Oliveira Jr – escritor e professor universitário (BA)
59
Frente Democrática pela Libertação da Palestina
60
Frente Popular pela Libertação da Palestina
61
Fundação Dinarco Reis
62
Gaudêncio Frigotto – Professor da UERJ (RJ)
63
Geraldo Pereira Barbosa – Executiva da Direção Nacional da Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes (SC)
64
Gesa Linhares Correa – Direção Nacional do PSOL e Coordenação Nacional da Intersindical (RJ)
65
Gilberto Cervinski – Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MA)
66
Gilcilene Barão – professora da UERJ (RJ)
67
Gilda Arantes – professora universitária (RJ)
68
Glória Inês Ramírez – Senadora do Pólo Democrático Alternativo (Colômbia)
69
Guillermo Caviasga – historiador e professor (Argentina)
70
Günter Pohl – Comitê Central do Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)
71
Hamilton Octavio de Souza – jornalista – Brasil de Fato e Caros Amigos – professor da PUC (S)
72
Haroldo Baptista de Abreu – professor da UFF (RJ)
73
Heloísa Fernandes – socióloga, professora da Escola Nacional Florestan Fernandes e da USP (SP)
74
Heloísa Greco – professora e militantes de direitos humanos – BH (MG)
75
Henrique Meira de Castro – ABRAPSO – Núcleo Bauru (SP)
76
Henrique Soares Carneiro – professor e doutor da USP (SP)
77
Horácio Martins de Carvalho – engenheiro agrônomo (PR)
78
Humberto Santos Palmeira - Dirigente Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores
79
Ildo Sauer – professor universitário (SP)
80
Instituto 25 de Março - I-25-Brasil
81
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (MG)
82
Intersindical (Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora)
83
Intersindical (Instrumento de Luta, Unidade da Classe e Construção de uma Nova Central)
84
Iracy Picanço – professora da UFBA (BA)
85
Ivan Valente – Deputado Federal – PSOL (SP)
86
Ivana Jinkings – editora (SP)
87
Jacob David Blinder (médico sanitarista (BA)
88
Jaime Caycedo – Secretário Geral do PC Colombiano e Vereador em Bogotá (Colômbia)
89
James Petras – professor emérito da Universidade de Nova Iorque (USA)
90
Janira Rocha – Deputada Estadual – Rio de Janeiro – PSOL (RJ)
91
Jean Douglas Zeferino Rodrigues – PSOL Indaiatuba (SP)
92
Jefferson Moura – Presidente Regional do PSOL (RJ)
93
João Claudio Platenik Pitillo – Diretor da FAFERJ (Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro)
94
João Luiz Duboc Pinaud – Pres. Comissão de DH do IAB, Casa da América Latina e Assoc. Americana de Juristas (RJ)
95
João Paulo Rodrigues – dirigente do MST
96
João Pedro Stedile – dirigente da Via Campesina
97
João Quartim Moraes - professor universitário (SP)
98
Joel Barcellos – ator
99
Joel Filartiga – presidente da Coordenadora Paraguaia de Solidariedade a Cuba (Paraguai)
100
Jonas Duarte – professor de história da UFPB e pesquisar do CNPq (PB)
101
Jorge Almeida - professor de Ciência Política da UFBA
102
Jorge Beinstein – professor titular da Universidade de Buenos Aires (Argentina)
103
Jorge Figueiredo – editor de resistir.info (Portugal)
104
José Claudinei Lombardi – coordenador executivo do HISTE DBR – DEFHE-FE – UNICAMP (SP)
105
José Laercio Martuchelli Nogueira – estudante de astronomia UFRJ (RJ)
106
José Maria – Presidente Nacional do PSTU
107
Katia da Matta Pinheiro – historiadora, prof. Universitária, diretora da Casa da América Latina (RJ)
108
Laércio Cabral Lopes – professor universitário (RJ)
109
Laerte Braga – jornalista (MG)
110
Leandro Konder – professor universitário (RJ)
111
Lenin Novaes – jornalista, Pres. da Comissão de Liberdade de Imprensa e DH da ABI (RJ)
112
Lincoln Penna –professor universitário, Presidente do MODECON (RJ)
113
Lincoln Secco - professor da USP (SP)
114
Lorene Figueiredo – professor da UFF (RJ)
115
Luciana Fernandes Dias - professora de história da rede pública (RJ)
116
Luciano Martorano – cientista político (SP)
117
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida - Departamento de Ciência Política da PUC (SP)
118
Luis Acosta – professor da UFRJ e presidente da ADUFRJ – SSIND (RJ)
119
Luis Mergulhão – professor (RJ)
120
Luiz Bernardo Pericás - historiador e escritor (SP)
121
Luiz Ragon – diretor de Direitos Humanos da Casa da América Latina (RJ)
122
Luiz Rodolfo Viveiros de Castro (Gaiola) – militante comunista (RJ)
123
Manuel J. Montañez Lanza – politicólogo (Venezuela)
124
Marcello Cerqueira – advogado (RJ)
125
Marcelo Badaró – professor universitário (RJ)
126
Marcelo Botosso – professor (SC)
127
Marcelo Buzzetto – direção do MST-SP e do setor de Relações Internacionais do MST
128
Marcelo Durão – dirigente do MST (RJ)
129
Marcelo Freixo – Deputado Estadual – PSOL (RJ)
130
Marcelo Machado – dirig. nacional do MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados (RJ)
131
Márcio Lupatini – professor universitário (MG)
132
Marco Antonio Villela dos Santos – CeCAC – Centro Cultural Antonio Carlos Carvalho (RJ)
133
Marcos Del Roio – professor universitário, Presidente do instituto Astrojildo Pereira (SP)
134
Marcus Robson Nascimento Costa – professor universitário, promotor aposentado (AL)
135
Maria de Fátima Felix Rosar – professora universitária – UFMA (MA)
136
Maria Inês Souza Bravo – professora universitária (RJ)
137
Maria Isa Jinkings - livreira
138
Marly Vianna – professora universitária (RJ)
139
Maurício Azêdo – jornalista (RJ)
140
Miguel Urbano Rodrigues – escritor e editor de odiario.info (Portugal)
141
Milton Temer – jornalista e dirigente nacional do PSOL (RJ)
142
Modesto da Silveira – advogado
143
Movimento Continental Bolivariano (MCB)
144
Movimento dos Trabalhadores Desempregados - MTD
145
Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST
146
Movimento Revolucionário Nacionalista/Brigadas Populares
147
Nader Alves Bujah – Comitê Democrático Palestino
148
Najeeb Amado – secretário geral do Partido Comunista Paraguayo (Paraguai)
149
Natalia Vinelli – jornalista, diretorra da Barricada TV (Argentina)
150
Nestor Kohan – Cátedra Che Guevara (Argentina)
151
Nise Jinkings – professora universitária – UFSC (SC)
152
Orlando Oscar Rosar – professor universitário – UFMA (MA)
153
Osvaldo Coggiola – professor de história da USP (SP)
154
Otto Filgueiras – jornalista (SP)
155
Partido Comunista Alemão – DKP (Alemanha)
156
Partido Comunista Colombiano (PCC)
157
Partido Comunista de Espanha (PCE)
158
Partido Comunista de Venezuela (PCV)
159
Partido Comunista do Equador (PCE)
160
Partido Comunista do México (PCM)
161
Partido Comunista dos Povos de Espanha (PCPE)
162
Partido Comunista Grego (KKE)
163
Partido Comunista Libanês
164
Partido Comunista Paraguayo (PCP)
165
Partido Comunista Peruano (PCP)
166
Partido do Povo Palestino
167
Partido Revolucionário dos Comunistas das Canárias
168
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU (Brasil)
169
Paulo Douglas Barsotti - professor da FGV (SP)P
170
Paulo Metri – diretor do Clube de Engenharia (RJ)
171
Paulo Moura – ambientalista e fotógrafo – Petrópolis (RJ)
172
Paulo Passarinho – economista e apresentador do Programa Faixa Livre (RJ)
173
Paulo Ribeiro Cunha – professor FFC-UNESP (SP)
174
Pedro Jorge de Freitas – professor da Universidade Estadual de Maringá (PR)
175
Pery Thadeu Oliveira Falcón – Centro de Estudos Victor Meyer (BA)
176
Pólo de Renascimento Comunista Francês (PRCF)
177
Raymundo Araujo – médico veterinário homeopata (RJ)
178
Ricardo Antunes – sociólogo (SP)
179
Ricardo Gebrim (SP) – dirigente da Consulta Popular
180
Ricardo Moreno – professor da UNEB e da Revista Dialética (BA)
181
Robério Paulino – professor da UFRN (RN)
182
Roberto Leher – professor da UFRJ (RJ)
183
Roberto Morales – fundador do PSOL – Brasil (RJ)
184
Ronald Barata – Movimento de Resistência Leonel Brizola
185
Rondon de Castro – docente; presidente da SEDUFSM/Andes – Santa Maria (RS)
186
Rosa Couto – Secretária da Consulta Popular (SC)
187
Rubim Aquino – professor e historiador (RJ)
188
Sandra Quintela – economista (RJ)
189
Sargento Amauri Soares – Deputado Estadual (SC)
190
Serge Goulart – direção nacional do PT, dirigente da CMI - Corrente Marxista Internacional (SC)
191
Sérgio Caldieri – jornalista, escritor, 1º Secretário do Conselho Deliberativo da ABI
192
Sérgio Lessa – professor da UFAL (AL)
193
Sérgio Miranda –ex Deputado Federal (MG)
194
Severino Nascimento (Faustão) – dirigente nacional da CUT (SP)
195
Silvana Aparecida de Souza – professora (PR)
196
Sindicato dos Advogados de São Paulo (SP)
197
Solange Rodrigues – jornalista e cineasta (RJ)
198
Takao Amano – advogado (SP)
199
Tarcizo de Lira Paes Martins – professor universitário (PB)
200
Tatiana Brettas – dirigente da Consulta Popular (RJ)
201
União da Juventude Comunista (UJC)
202
Unidade Classista (Brasil)
203
Valério Arcary – professor do IFSP e militante do PSTU (SP)
204
Via Campesina – Brasil
205
Victor Leonardo de Araujo – economista, pesquisador do IPEA (DF)
206
Virginia Fontes – professora e historiadora (RJ)
207
Vito Giannotti – jornalista (RJ)
208
Waldemar Rossi – membro da Coord. da Pastoral Operária e da Oposição Metalúrgica de SP

SIONISTAS QUEREM CRIMINALIZAR O PCB E TENTAM NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL A CASSAÇÃO DO REGISTRO DO PARTIDO
(Nota Política do PCB)
Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “anti-semitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.
Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada por esta CONIB), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se isso fosse possível pelas leis brasileiras e como se pudessem calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo.
A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.
O texto é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente num sítio eletrônico antiimperialista de seu país, denominado IAR Notícias, e reproduzido mundialmente por vários portais progressistas, listados ao final desta nota.
Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o artigo divulgado pelo PCB se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”.
Declara ainda que o artigo revela “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.
Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.
Diante deste fato, a Comissão Política Nacional (CPN) do Comitê Central do PCB vem a público se pronunciar:
1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas e de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado assumido como judeu continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid” , invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa grande base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.
2 – A ofensiva sionista e imperialista contra o PCB se deve também ao fato de que nosso Partido empresta e continuará emprestando seu apoio militante aos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois uma simples pesquisa pode verificar que os artigos e informações sobre a luta contra o Estado terrorista de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido pela confederação sionista brasileira para tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele é “descoberto”
3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.
4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.
5 - Coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembléia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.
6 - Coincide também com a movimentação imperialista para ampliar a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos.
7 - As declarações das autoridades israelenses sobre a unidade dessas organizações palestinas deixam em evidência, inclusive para os que tinham dúvidas, que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos judeus ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel.
8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura, que, no fundo, é o que intenta a suposta cúpula sionista no Brasil.
9 – Não tememos também porque sabemos que teremos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo, uma vez que se dê curso à representação contra o PCB.
10 – Não há, em qualquer documento do PCB qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista judaica não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra o Estado terrorista de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.
11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer discriminação e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Nunca apresentamos qualquer crítica a qualquer religião, apesar de sermos um partido laico, desde este ponto de vista. Também estranhamos a CONIB alegar intolerância racial, pois acreditamos que todos os povos pertencem à raça humana.
12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo PCUS, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade.
13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do PCB, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso sítio na internet (www.pcb.org.br), deixamos claro que:
Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.
14 - Com o texto ora questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que denuncia a impunidade de Israel, os massacres que comete contra o povo palestino, o seu papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como um artigo de opinião, como contribuição ao debate, mesmo que algumas das opiniões ali expostas possam ter caráter polêmico para o PCB e diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial.
15 – Por esta razão – e de forma alguma para fugir de procedimentos judiciais que não tememos até porque são incabíveis – estamos aqui oficialmente convidando a direção da Confederação Israelita do Brasil a exercer o direito de resposta, no mesmo meio em que divulgamos o artigo criticado, ou seja, a página do nosso Partido, no tamanho que julgar conveniente para se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB deverá ser uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.
16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para nos enviar para o nosso endereço eletrônico a manifestação de seu direito de defesa, que será publicado imediatamente com o mesmo destaque que mereceu o artigo atacado.
17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra desta presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no mesmo documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:
XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):
DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:

1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;
2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;
3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);
4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;
5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;
6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;
7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;
8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;
9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;
10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia. Fomento de campanhas locais, nas cidades brasileiras, para julgamento dos criminosos de guerra em nossos tribunais;
11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;
12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!
18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que suas críticas se centrem na contestação às informações ali prestadas, ao invés de se esconderem sob o manto autoritário da acusação de “anti-semitismo”, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que, apesar de polêmico e contundente, não tem qualquer intolerância religiosa, étnica e muito menos racial, porque os judeus, como todos os povos, são da mesma raça humana.
19 – O texto, em nenhum momento, atinge o conjunto do povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel, o que, ao que tudo indica, não é o caso desta CONIB, cuja missão é impedir e desvirtuar o debate sobre Israel, com a única arma de que dispõe: um carimbo em que se lê apenas a expressão “ANTI-SEMITA”.
20 – O texto faz questão de eximir a religião judaica da violência do Estado de Israel, apesar deste se apresentar como estado judeu. Vejam estas passagens do artigo:
Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.
O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

21 – Finalmente, apesar de algumas divergências que, como marxistas, possamos ter com aspectos do texto objeto desta polêmica, assinamos embaixo as seguintes declarações textuais do autor:
As campanhas de denúncia de anti-semitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.
A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "anti-semitismo".
22 - A CONIB, com seu gesto de censura e de criminalização ao PCB, revela que é parte integrante deste lobby. Mas estejam certos que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para os traidores e nem pelas mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso Partido, que se confunde com a história do Brasil.
Observações:
1 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil. A entidade não dispõe de dados sobre os valores aplicados pelo lobby sionista em nosso país.
2 – Este e outros artigos de Manuel Freytas são publicados nos seguintes sítios:
http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1966&Itemid=99999999&lang=es
http://www.aporrea.org/actualidad/n158685.html
http://colombia.indymedia.org/news/2010/06/115437.php
http://www.voltairenet.org/article165990.html#article165990
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/os-donos-do-sistema-este
http://port.pravda.ru/busines/14-06-2010/29887-impunidade_israel-0/
http://www.rebelion.org/mostrar.php?tipo=5&id=Manuel%20Freytas&inicio=0 )
http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/06/14/afirma-la-cruz-roja-que-el-bloqueo-israeli-es-ilegal/
http://visionesalternativas.com/index.php?option=com_deeppockets&task=contShow&id=95278&Itemid=
http://www.consulvenefunchal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2698&Itemid=64
http://alertaroja.net/index.php/alertaroja/2010/06/04/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunid
http://xatoo.blogspot.com/2010/07/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://www.senadoragloriainesramirez.org/index.php/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://radiotrinchera.org/articulos/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/rt/
http://www.tinku.org/content/view/504/6/
http://www.elciudadano.cl/2010/06/21/%C2%BFde-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://www.atinachile.cl/content/view/851974/LA-INMUNIDIDAD-DE-ISRAEL-Y-EL-PREMIO-NOBEL.html
http://www.porpalestina.com/index.php?option=com_content&view=article&id=959:los-duenos-del-sistema&catid=16:artlos&Itemid=27
http://www.burbuja.info/inmobiliaria/temas-calientes/219139-vittorio-arrigoni-asesinado-por-la-mafia-sionista-3.html
http://www.infoeducasares.com.ar/?p=928
http://noticiaoficial.com/canales/aporrea/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://shiandalus.blogspot.com/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blogs/el-poder-oculto-de-donde-nace?xg_source=activity
http://afrodescendientes.com/2010/07/03/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel-%E2%80%A8por-manuel-freytas/
http://estavoz.blogspot.com/2010/08/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://chicodias.wordpress.com/2010/06/14/sionismo-um-poder-mundial/
http://neovisao.blogspot.com/2010/09/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2010/06/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://agal-gz.org/blogues/index.php/canta/2010/06/13/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de-onde-nasce-a-impunidade-de-israel-1
3 – Este texto questionado pela CONIB é usado como pretexto para o mesmo tipo de ação intimidatória na Venezuela, num relatório denominado “Antisemitismo en Venezuela”, de autoria de uma organização chamada ADL (Anti-Defamation League), que em português significa Liga contra a Difamação. Apesar do nome genérico da entidade, ela só monitora em todo o mundo, para efeito de ações de intimidação, o que considera difamação “anti-semita”. Veja a página 16 do sítio htpp://www.adl.org.
4 – neste momento, Israel está usando os céus da Grécia, por autorização do governo “socialista” de turno, para treinar seus pilotos para um possível ataque ao Irã, cuja topografia tem as mesmas características do país helênico.
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
Maio de 2011

SIONISTAS QUEREM CRIMINALIZAR O PCB E TENTAM NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL A CASSAÇÃO DO REGISTRO DO PARTIDO
(Nota Política do PCB)
Fomos informados de que uma entidade chamada CONIB (Confederação Israelita do Brasil) teria formalizado, no início deste mês, representação contra o PCB (Partido Comunista Brasileiro), junto ao TSE, alegando prática de “anti-semitismo”, por ter a página do partido na internet publicado artigo denominado “Os Donos do Sistema: o Poder Oculto; de Onde Nasce a Impunidade de Israel”.
Apesar de ainda não conhecermos os termos da representação (não divulgada por esta CONIB), inferimos que sua verdadeira intenção é tentar cassar o registro do PCB, como se isso fosse possível pelas leis brasileiras e como se pudessem calar a voz dos verdadeiros comunistas brasileiros. Nosso partido – o mais antigo do Brasil, fundado em 1922 - foi escolhido criteriosamente para esta ofensiva por razões que nos orgulham. Além de lutarmos pela superação do capitalismo, praticamos com firmeza e independência o internacionalismo proletário, a solidariedade a todos os povos em luta contra o imperialismo e o sionismo.
A nosso ver, trata-se de uma ação política, muito mais do que jurídica.
O texto é de autoria do jornalista argentino Manuel Freytas, divulgado originalmente num sítio eletrônico antiimperialista de seu país, denominado IAR Notícias, e reproduzido mundialmente por vários portais progressistas, listados ao final desta nota.
Segundo a apócrifa nota publicada pela citada CONIB (www.conib.org.br), o artigo divulgado pelo PCB se utiliza “de imagens apelativas, distorções da realidade e argumentos conspiratórios e claramente anti-semitas”.
Declara ainda que o artigo revela “alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional”, por repetir chavões da obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século 19”. Assim, o PCB é acusado de “incentivar a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país”.
Termina a nota afirmando que a representação baseia-se na Lei Orgânica dos Partidos Políticos, com a “finalidade de evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”.
Diante deste fato, a Comissão Política Nacional (CPN) do Comitê Central do PCB vem a público se pronunciar:
1 – O PCB não se intimidará diante da pressão de organizações sionistas e de direita e continuará prestando ampla, geral e irrestrita solidariedade ao povo palestino, vítima da escandalosa impunidade de Israel, tema do artigo considerado ofensivo. Desrespeitando todas as Resoluções da ONU, o estado assumido como judeu continua ampliando a ocupação de territórios dos palestinos, derrubando suas casas, criando o chamado “Muro do Apartheid” , invadindo e cercando a Faixa de Gaza, onde impede a entrada de ajuda humanitária (inclusive alimentos e medicamentos), assassinando e prendendo militantes palestinos, mantendo mais de 11.000 deles em condições abjetas em seus cárceres. Mais do que isso, continuaremos a denunciar que Israel se transformou numa grande base militar norte-americana no Oriente Médio. O país é o primeiro destino da ajuda militar estadunidense no mundo e o único do Oriente Médio a ter direito a armas nucleares, sem permitir a inspeção internacional que exige de outros países.
2 – A ofensiva sionista e imperialista contra o PCB se deve também ao fato de que nosso Partido empresta e continuará emprestando seu apoio militante aos diversos Comitês de Solidariedade ao Povo Palestino que se consolidam e se multiplicam pelo Brasil. No nosso portal, este texto foi escolhido aleatoriamente, pois uma simples pesquisa pode verificar que os artigos e informações sobre a luta contra o Estado terrorista de Israel se contam às centenas, muitos deles mais contundentes que o escolhido pela confederação sionista brasileira para tentar intimidar e criminalizar o PCB. Publicamo-lo exatamente há um ano, mas só agora ele é “descoberto”
3 – É significativo que esta atitude intimidatória (que está se dando em vários países) ocorra no exato momento em que as duas maiores organizações políticas palestinas (Fatah e Hamas) anunciam a retomada de seus entendimentos e o desejo de dividir a responsabilidade pela administração dos territórios palestinos, que foram separados arbitrariamente pelas forças militares israelenses com o uso da violência e da ocupação.
4 – A unidade dessas duas organizações contraria os planos imperialistas de divisão sectária entre os palestinos – exatamente porque cria melhores condições para o reconhecimento internacional do Estado Palestino e para uma negociação pela paz na região -, tudo que Israel não deseja, apesar das reiteradas resoluções da ONU nesse sentido.
5 - Coincide também com a satanização do mundo muçulmano, este sim vítima de preconceitos e estigmatização, sem que a mídia burguesa se utilize de expressões como “anti-islamismo”, “anti-xiitismo”, “anti-sunitismo” etc. Coincide também com a proximidade da Assembléia Geral da ONU que, no próximo mês de setembro, discutirá o reconhecimento do Estado Palestino.
6 - Coincide também com a movimentação imperialista para ampliar a agressão militar no Norte da África e no Oriente Médio, para além do Iraque e do Afeganistão. Coincide com a descarada intervenção militar na Líbia, com as provocações contra a Síria e o Irã, acusados de solidários aos palestinos.
7 - As declarações das autoridades israelenses sobre a unidade dessas organizações palestinas deixam em evidência, inclusive para os que tinham dúvidas, que Israel não tem qualquer interesse na paz na região e muito menos na criação do Estado Palestino. Fica claro que o objetivo do sionismo é ocupar todo o território palestino, através dos assentamentos judeus ilegais, transformando o antigo território palestino no que chamam de Grande Israel.
8 – Não tememos qualquer processo judicial, porque conhecemos as leis brasileiras, que têm como cláusula pétrea constitucional o livre direito de expressão e a proibição da censura, que, no fundo, é o que intenta a suposta cúpula sionista no Brasil.
9 – Não tememos também porque sabemos que teremos a solidariedade firme e militante de centenas de organizações políticas e sociais e personalidades democráticas, não só do Brasil, mas de todo o mundo, uma vez que se dê curso à representação contra o PCB.
10 – Não há, em qualquer documento do PCB qualquer intolerância religiosa, étnica e racial contra qualquer povo ou comunidade. Criticar a direita sionista judaica não significa criticar a comunidade judaica que, no Brasil e no mundo, é composta também por militantes democratas, humanistas e comunistas, que lutam contra o Estado terrorista de Israel e se solidarizam com o povo palestino. O PCB tem uma vasta e orgulhosa tradição, desde a sua fundação até os dias de hoje, de contar com militantes e amigos de origem judaica.
11 - Os comunistas, em todo o mundo, somos contra qualquer discriminação e nacionalismos xenófobos, porque lutamos por um mundo de iguais, sem fronteiras, sem Estado, sem forças armadas, sem opressores e oprimidos. Nunca apresentamos qualquer crítica a qualquer religião, apesar de sermos um partido laico, desde este ponto de vista. Também estranhamos a CONIB alegar intolerância racial, pois acreditamos que todos os povos pertencem à raça humana.
12 - Os comunistas do mundo inteiro tiveram papel decisivo na luta contra o nazi-fascismo que vitimou os judeus, mas também a muitos outros povos. O povo russo, dirigido pelo PCUS, foi o que entregou mais vidas em defesa da humanidade.
13 – O sítio do PCB na internet é um espaço de difusão não apenas das opiniões do PCB, mas de outras organizações e personalidades com alguma afinidade política, porque objetiva também prestar informação e fomentar o debate sobre questões candentes, nacionais e internacionais. Na primeira página de nosso sítio na internet (www.pcb.org.br), deixamos claro que:
Só publicamos nesta página textos que coadunam, no fundamental, com a linha política do PCB, a critério dos editores (Secretariado Nacional do CC). Quando não assinados por instâncias do CC, os textos publicados refletem a opinião dos autores”.
14 - Com o texto ora questionado pela central sionista brasileira temos uma identidade política, na medida em que denuncia a impunidade de Israel, os massacres que comete contra o povo palestino, o seu papel econômico e militar no contexto do imperialismo. Publicamo-lo como um artigo de opinião, como contribuição ao debate, mesmo que algumas das opiniões ali expostas possam ter caráter polêmico para o PCB e diferir, em alguns aspectos, de nossa análise marxista da luta de classes no âmbito mundial.
15 – Por esta razão – e de forma alguma para fugir de procedimentos judiciais que não tememos até porque são incabíveis – estamos aqui oficialmente convidando a direção da Confederação Israelita do Brasil a exercer o direito de resposta, no mesmo meio em que divulgamos o artigo criticado, ou seja, a página do nosso Partido, no tamanho que julgar conveniente para se contrapor aos argumentos expostos pelo autor do texto “Os Donos do Sistema”. Como certamente o texto da CONIB deverá ser uma exceção ao nosso critério da afinidade política, nos reservaremos o direito de publicá-lo com comentários de nosso Partido.
16 – Este convite, além de democrático, atende à preocupação da CONIB de que sua finalidade, ao adotar a medida judicial, é “evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”. Portanto, estejam à vontade para nos enviar para o nosso endereço eletrônico a manifestação de seu direito de defesa, que será publicado imediatamente com o mesmo destaque que mereceu o artigo atacado.
17 – Esperamos também que a recíproca seja verdadeira, ou seja, que a CONIB publique em sua página a íntegra desta presente nota política do PCB. Aproveitamos para sugerir que, no mesmo documento que nos mandarem, possamos conhecer suas posições em relação às Resoluções do último Congresso Nacional do PCB, a respeito do tema, e que transcrevemos aqui na íntegra:
XIV Congresso Nacional do PCB (outubro de 2009):
DECLARAÇÃO DE APOIO À CONSTRUÇÃO DO ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR E LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO:

1) Pelo fim imediato da ocupação israelense nos territórios tomados em 1967, fazendo valer o inalienável direito à autodeterminação do povo palestino sobre estes territórios;
2) Aplicação de todas as resoluções internacionais não acatadas pelo sionismo;
3) Garantia aos refugiados (atualmente, 65% da totalidade do povo palestino) de retorno às terras de onde foram expulsos (Resolução 194 da ONU);
4) Libertação imediata dos cerca de 11.000 prisioneiros, entre eles Ahmad Saadat, Secretário Geral da FPLP, e outros dirigentes da esquerda;
5) Reconstrução da OLP, ou seja, reconstrução da unidade política necessária às tarefas que estão colocadas para o bravo povo palestino, com garantia de participação democrática de todas as forças políticas representativas dos palestinos;
6) Apoio irrestrito a todas as formas de resistência do povo palestino;
7) Destruição do muro do apartheid, conforme resolução do Tribunal de Haia;
8) Demolição e retirada de todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia/Jerusalém;
9) Fim imediato do bloqueio assassino a Gaza;
10) Pelo fomento de campanha internacional para levar os criminosos de guerra sionistas aos tribunais de justiça, dentre os quais, o Tribunal Internacional de Haia. Fomento de campanhas locais, nas cidades brasileiras, para julgamento dos criminosos de guerra em nossos tribunais;
11) Estabelecimento de sólida relação entre os partidos comunistas irmãos para concretizar ações de solidariedade e, em especial, apoio logístico à materialização desta luta;
12) Apoio a todas as iniciativas que visem estreitar laços entre os partidos da esquerda palestina, em especial a Frente Democrática pela Libertação da Palestina (FDLP), a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Povo Palestino, em unidade concreta programática e de ação.

POR UM ESTADO PALESTINO DEMOCRÁTICO, POPULAR, LAICO, SOBRE O SOLO PÁTRIO HISTÓRICO! PELA TOTAL INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 1967! PELO RETORNO DOS REFUGIADOS E JERUSALÉM CAPITAL! LIBERTAÇÃO DE TODOS OS 11.000 PRISIONEIROS PALESTINOS! PELA CONDENAÇÃO INTERNACIONAL DOS CRIMINOSOS DE GUERRA!
18 – Mas voltando ao artigo que gerou a representação, para que suas críticas se centrem na contestação às informações ali prestadas, ao invés de se esconderem sob o manto autoritário da acusação de “anti-semitismo”, sugerimos que releiam o texto, sem sectarismo nem preconceito. Verão que, apesar de polêmico e contundente, não tem qualquer intolerância religiosa, étnica e muito menos racial, porque os judeus, como todos os povos, são da mesma raça humana.
19 – O texto, em nenhum momento, atinge o conjunto do povo judeu, mas à sua liderança hegemônica - direitista, sionista e terrorista - deixando claro que nem todos os judeus concordam com seus métodos e que há vários intelectuais, organizações e militantes judeus que condenam e protestam contra o genocídio em Gaza e outras violências do Estado de Israel, o que, ao que tudo indica, não é o caso desta CONIB, cuja missão é impedir e desvirtuar o debate sobre Israel, com a única arma de que dispõe: um carimbo em que se lê apenas a expressão “ANTI-SEMITA”.
20 – O texto faz questão de eximir a religião judaica da violência do Estado de Israel, apesar deste se apresentar como estado judeu. Vejam estas passagens do artigo:
Israel não invadiu nem perpetrou um genocídio militar em Gaza com a religião judia, senão com aviões F-16, bombas de rácimo, helicópteros Apache, tanques, artilharia pesada, barcos, sistemas informatizados, e uma estratégia e um plano de extermínio militar em grande escala. Quem questione esse massacre é condenado por "anti-semita" pelo poder judeu mundial distribuído pelo mundo”.
O lobby sionista pró-israelense não reza nas sinagogas, senão na Catedral de Wall Street: um detalhe a ter em conta, para não confundir a religião com o mito e com o negócio”.

21 – Finalmente, apesar de algumas divergências que, como marxistas, possamos ter com aspectos do texto objeto desta polêmica, assinamos embaixo as seguintes declarações textuais do autor:
As campanhas de denúncia de anti-semitismo com as quais Israel e organizações judias buscam neutralizar as críticas contra o massacre, abordam a questão como se o sionismo judeu (sustentáculo do Estado de Israel) fosse uma questão "racial" ou religiosa, e não um sistema de domínio imperial que abarca interativamente o plano econômico, político, social e cultural, superando a questão da raça ou das crenças religiosas”.
A esse poder (o lobby sionista internacional), e não ao Estado de Israel, é o que temem os presidentes, políticos, jornalistas e intelectuais que calam ou deformam diariamente os genocídios de Israel no Oriente Médio, temerosos de ficarem sepultados em vida, sob a lápide do "anti-semitismo".
22 - A CONIB, com seu gesto de censura e de criminalização ao PCB, revela que é parte integrante deste lobby. Mas estejam certos que não calarão nem sepultarão o PCB em vida, tarefa que não foi possível nem para os traidores e nem pelas mais cruéis ditaduras de direita que marcaram a história do nosso Partido, que se confunde com a história do Brasil.
Observações:
1 - Segundo levantamento feito pela Federação Árabe-Palestina, apenas em 2011, a CIA destinou 120 milhões de dólares, para financiar o sistema de difamação da religião islâmica no Brasil. A entidade não dispõe de dados sobre os valores aplicados pelo lobby sionista em nosso país.
2 – Este e outros artigos de Manuel Freytas são publicados nos seguintes sítios:
http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1966&Itemid=99999999&lang=es
http://www.aporrea.org/actualidad/n158685.html
http://colombia.indymedia.org/news/2010/06/115437.php
http://www.voltairenet.org/article165990.html#article165990
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/os-donos-do-sistema-este
http://port.pravda.ru/busines/14-06-2010/29887-impunidade_israel-0/
http://www.rebelion.org/mostrar.php?tipo=5&id=Manuel%20Freytas&inicio=0 )
http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/06/14/afirma-la-cruz-roja-que-el-bloqueo-israeli-es-ilegal/
http://visionesalternativas.com/index.php?option=com_deeppockets&task=contShow&id=95278&Itemid=
http://www.consulvenefunchal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2698&Itemid=64
http://alertaroja.net/index.php/alertaroja/2010/06/04/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunid
http://xatoo.blogspot.com/2010/07/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://www.senadoragloriainesramirez.org/index.php/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://radiotrinchera.org/articulos/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/rt/
http://www.tinku.org/content/view/504/6/
http://www.elciudadano.cl/2010/06/21/%C2%BFde-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://www.atinachile.cl/content/view/851974/LA-INMUNIDIDAD-DE-ISRAEL-Y-EL-PREMIO-NOBEL.html
http://www.porpalestina.com/index.php?option=com_content&view=article&id=959:los-duenos-del-sistema&catid=16:artlos&Itemid=27
http://www.burbuja.info/inmobiliaria/temas-calientes/219139-vittorio-arrigoni-asesinado-por-la-mafia-sionista-3.html
http://www.infoeducasares.com.ar/?p=928
http://noticiaoficial.com/canales/aporrea/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel/
http://shiandalus.blogspot.com/2010/06/el-poder-oculto-de-donde-nace-la.html
http://bloguerosrevolucion.ning.com/profiles/blogs/el-poder-oculto-de-donde-nace?xg_source=activity
http://afrodescendientes.com/2010/07/03/el-poder-oculto-de-donde-nace-la-impunidad-de-israel-%E2%80%A8por-manuel-freytas/
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http://chicodias.wordpress.com/2010/06/14/sionismo-um-poder-mundial/
http://neovisao.blogspot.com/2010/09/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2010/06/o-poder-oculto-de-onde-nasce-impunidade.html
http://agal-gz.org/blogues/index.php/canta/2010/06/13/os-donos-do-sistema-o-poder-oculto-de-onde-nasce-a-impunidade-de-israel-1
3 – Este texto questionado pela CONIB é usado como pretexto para o mesmo tipo de ação intimidatória na Venezuela, num relatório denominado “Antisemitismo en Venezuela”, de autoria de uma organização chamada ADL (Anti-Defamation League), que em português significa Liga contra a Difamação. Apesar do nome genérico da entidade, ela só monitora em todo o mundo, para efeito de ações de intimidação, o que considera difamação “anti-semita”. Veja a página 16 do sítio htpp://www.adl.org.
4 – neste momento, Israel está usando os céus da Grécia, por autorização do governo “socialista” de turno, para treinar seus pilotos para um possível ataque ao Irã, cuja topografia tem as mesmas características do país helênico.
Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central
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