6 de setembro de 2011

Democracia, Comunismo e Humanidade

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Crédito: PCB


Lincoln de Abreu Penna

Se a humanidade tivesse que ter uma representação partidária global esta representação seria necessariamente comunista. Os partidos são representações de contingentes sociais que expressam a opinião e os anseios de uma dada coletividade, seja uma classe social ou um segmento vinculado ao mundo do trabalho ou do capital, na diversidade que ambos organizam essa relação. Portanto, são partes de uma totalidade social. É claro que todos os partidos pretendem atrair o maior número de aderentes para que consiga sensibilizar o maior número possível de cidadãos.

Contudo, há pleitos que são comuns, geralmente desejos e necessidades que nem sempre os poderes públicos atendem adequadamente, e existem os pleitos universais. Estes são aqueles que têm a ver com a humanidade, independentemente de classes, nações, estados, ou outras formas de divisão do conjunto dos cidadãos no mundo. E essa ideologia de unidade comum, de realização inclusiva a atender as aspirações mais genuínas do ser humano, só o comunismo pode e tem legitimidade de representar, pelo simples fato de que o comunismo é a manifestação mais genuína da humanidade. Seu objetivo é o reencontro de uma comunidade irmanada e sem distinções de classe, uma vez que a exploração do homem sobre o homem inexistia.

O objetivo estratégico de um partido comunista é a instauração da sociedade da igualdade global. Este é o sentido da globalização para os comunistas. E a sua tática deve consistir no aprofundamento permanente, constante, da democracia como um bem universal, pois só os comunistas podem ser conseqüentes nesse sentido. Por isso que, a democracia só pode se realizar em sua plenitude no comunismo. No capitalismo a democracia não é nada mais que um engodo, porque ela se limita apenas ao funcionamento de instituições fundadas numa representação responsável pela ordenação de interesses supostamente comuns.

Assim, proclamar a democracia em sua essencialidade é contribuir para o agravamento das contradições entre capitalismo e democracia, cuja coexistência é imprópria para o capitalismo e deforma a democracia. Qualificar o sentido da democracia, como uma prática que deve incorporar a todos, que deve questionar a tudo que provêm dos poderes instituídos, e exercer a democracia em todos os espaços nos quais a cidadania esteja minimamente organizada, eis as tarefas essenciais dos comunistas. E a difusão desse comportamento, presente em todos os espaços caracteriza nos tempos atuais o que historicamente o movimento comunista define como internacionalismo proletário. Já agora não mais apenas para definir o papel dirigente do proletariado com vistas à construção do socialismo, como etapa necessária à edificação do comunismo, mas para situar a presença dos que produzem em todas as esferas os mecanismos da transformação, nos diversos universos de trabalho manual e intelectual de uma humanidade.científica e tecnologicamente apta a definir os seus rumos verdadeiramente libertários.

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