
Pelo Secretariado Regional
19/ 07/ 2013
Nos últimos dias a cidade do Rio de Janeiro assistiu a demonstrações
claras de práticas fascistas, vindas diretamente do governo Cabral e de
sua Polícia Militar. Em ambos os casos, predominou a hipocrisia,
misturada a ameaças, essas últimas feitas diretamente pelo comandante da
PM.
Na Rocinha, desde sábado, está desaparecido um trabalhador, Amarildo,
de 49 anos, cuja prisão fora efetuada momentos antes pela corporação
que, teoricamente, deveria protegê-lo: a toda propagandeada PM da UPP. A
população daquela comunidade protestou de forma pacífica, pedindo que
seja dada uma resposta sobre o paradeiro de Amarildo. A resposta da
polícia se repete nesse como em todos os casos onde estão envolvidos
trabalhadores vítimas da violência policial: havia suspeita de que o
Amarildo estivesse envolvido com o tráfico de drogas, vai daí...
Na 4ª Feira (17), manifestantes, pacificamente, protestaram, mais uma
vez, na porta da casa do governador, exigindo que ele pare com os
desmandos em sua administração, gastando dinheiro público para utilizar
helicópteros do Estado em deslocamentos dele e de seus familiares,
inclusive do cãozinho de estimação, e deixando à míngua os hospitais
públicos, os colégios estaduais, e entregue o transporte público às
gangues das barcas, dos trens e do metrô.
A manifestação terminou de forma violenta, com repressão policial e onda de saques no comércio da região.
Enquanto os manifestantes eram presos e detidos, os "vândalos" agiam à
vontade. Claramente, a PM, sob comando do governador e do Cel. Erir, se
omite propositalmente para justificar futuras truculências, a pretexto
de estar protegendo a propriedade privada.
Denunciamos, assim, um esquema fascista em nosso Estado, e em
particular na cidade do Rio de Janeiro, no sentido de criminalizar o
fato político de se denunciar as falcatruas do governador. Cabral faz
parte do aprofundamento do sistema capitalista em nosso país, iniciado
pelo governo FHC, e levado às últimas consequências pelos governos
petistas de Lula e Dilma.
A questão da repressão aos manifestantes é mais grave do que
simplórios discursos que colocam frente à frente manifestação pacífica
versus "baderneiros". A baderna está sendo estimulada pelo Estado, para
que depois venha o discurso do “choque de ordem”, tão a gosto do
capitalismo, quando não consegue mais resolver suas contradições.
Por isso, nós, do PCB, denunciamos a entrevista coletiva do
governador e de sua equipe de segurança como uma tentativa de intimidar
aqueles que pretendem expulsá-lo, politicamente, da vida do Estado do
Rio de Janeiro.
Nós, os comunistas, continuaremos nas ruas, enfrentando a violência
de uma PM totalmente despreparada para o jogo político democrático,
enfrentando a aliança PMDB/ PT que representa o capitalismo em seu
estado mais bruto, a barbárie.
http://pcb-rj.blogspot.com.br/2013/07/a-cidade-do-rio-de-janeiro-sob-o-terror.html
A cidade do Rio de Janeiro sob o terror do Estado
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Oleh
Kaizim